Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Guardas ameaçam parar sistema prisional com novas greves

09 mar, 2024 - 11:35 • Lusa

Os guardas prisionais têm marcado presença nos protestos das forças de segurança, motivados sobretudo pela atribuição de um subsídio de missão à PJ que deixou de fora a guarda prisional, a PSP e a GNR.

A+ / A-

Os guardas prisionais ameaçam parar as prisões portuguesas com novas greves, depois de uma paralisação às diligências ter registado 95% de adesão. A revelação foi feita este sábado por Frederico Morais, dirigente do Sindicato Nacional da Guarda Prisional (SNCGP).

Segundo o sindicalista, a greve que termina este sábado, e que começou no dia 13 de fevereiro, registou uma adesão de 95%. Frederico Morais lamentou a falta de resposta dos partidos às reivindicações destes profissionais.

"Ninguém se dignou a falar connosco durante a greve, ninguém se dignou a perguntar, a tentar resolver algum dos problemas com que nos debatemos", referiu.

"O que nos leva a achar que, ganhe quem ganhar, vamos ficar na mesma. Ninguém quer saber do corpo da guarda prisional", lamentou.

Segundo Frederico Morais, apesar disso, o corpo da guarda prisional "não vai parar", destacando os "milhares de julgamentos e de consultas médicas adiadas" pela greve que termina este sábado.

"Vamos dar um espaço muito curto a quem ganhar [as eleições]", disse, lamentando que nos últimos dois anos não se tenham resolvido os problemas da classe. "Se não resolverem nada", disse, em breve irão "voltar outra vez para as greves" e "não será só uma greve às diligências".

"Será uma greve total", referiu, acrescentando que os guardas irão "parar completamente o sistema prisional português".

Os guardas reivindicam melhores salários, que neste momento estão pouco acima da remuneração mínima mensal, bem como uma melhoria das condições de trabalho e também a atualização das remunerações.

Segundo Frederico Morais, a classe foi esquecida na atribuição do subsídio de missão e as condições de valorização das carreiras são piores do que as da PSP.

Há 3.885 guardas prisionais em Portugal atualmente, disse.

Os guardas prisionais têm também marcado presença nos protestos das forças de segurança no último mês, motivados sobretudo pela atribuição de um subsídio de missão à PJ que deixou de fora não só a guarda prisional, mas também a PSP e a GNR.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+