10 mar, 2024 - 08:05 • Lusa com Redação
Mais de 10 milhões de eleitores recenseados no território nacional e no estrangeiro sãoeste domingo chamados às urnas para escolher a constituição da Assembleia da República na próxima legislatura, e de onde sairá o novo Governo.
As mesas de voto abriram às 8h00 em Portugal Continental e na Madeira e assim se manterão até às 19h00. Nos Açores abrem e fecham uma hora mais tarde, devido à diferença horária.
“As eleições legislativas arrancaram bem”, diz à Renascença o porta-voz da CNE Fernando Anastácio.
“Estamos num processo de verificação se todas as mesas abriram. À partida há só uma referência de uma das situações em que estariam com alguma dificuldade em composição das mesas de abertura, mas que estarão a ser ultrapassadas. Na generalidade em todo o país todo o processo correu bem e, portanto, não há reportes de problemas e as pessoas estão a votar. Isso é que é importante”, acrescenta.
Segundo a Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (SGMAI), podem votar para as eleições legislativas antecipadas de hoje 10,8 milhões de eleitores.
No total, serão eleitos 230 deputados, em 22 círculos eleitorais - 18 dos quais em Portugal continental e os restantes nos Açores, na Madeira, na Europa e fora da Europa -, num ato eleitoral que terá um custo a rondar os 24 milhões de euros.
Concorrem a estas eleições legislativas antecipadas 18 forças políticas, menos três do que nas eleições de 2019 e 2022.
A Nova Direita é o único partido estreante neste ato eleitoral, juntando-se a PS, Aliança Democrática (PSD/CDS/PPM), Chega, IL, BE, CDU (PCP/PEV), PAN, Livre, Nós, Cidadãos!, Alternativa 21 (MPT/Aliança), ADN, PTP, RIR, JPP, Ergue-te, MAS, Volt Portugal e PCTP/MRPP.
Nas legislativas anteriores, em 30 de janeiro de 2022, a taxa de abstenção situou-se nos 48,54%, tendo-se verificado uma descida em relação às legislativas de 2019, nas quais a taxa de abstenção atingiu o número recorde de 51,43%.
A atual legislatura, que terminaria apenas em 2026, foi interrompida na sequência da demissão do primeiro-ministro, António Costa (PS), após ter sido tornado público que era alvo de um inquérito judicial instaurado pelo Ministério Público no Supremo Tribunal de Justiça a partir da Operação Influencer.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, aceitou de imediato a demissão do primeiro-ministro e dois dias depois anunciou ao país a dissolução do parlamento e a convocação de eleições legislativas.