26 mar, 2024 - 15:25 • Miguel Marques Ribeiro
A Federação Nacional da Educação (FNE) defende que as provas finais e de aferição sejam feitas em formato papel, por não estarem reunidas as condições para a sua realização por via digital.
A realização nos moldes tradicionais, afirma a FNE em comunicado, é a única forma de “garantir a igualdade de oportunidades para todos os alunos”, “salvaguardar o bem-estar dos alunos e professores, garantir a justiça e equidade no processo de avaliação e evitar a perda de tempo letivo”.
Caso contrário, pode ser posta em causa a "estabilidade" do ano letivo, argumenta.
Para a plataforma, são muito os obstáculos para a implementação das provas sem o recurso à tradicional caneta e papel: À “falta de professores, de problemas com internet ou de apoio técnico juntam-se os prejuízos para alunos e professores ao nível do aumento do stresse e ansiedade, da desigualdade de oportunidades e da perda de tempo letivo”.
Em linha com o defendido agora pela FNE, a Associação Nacional de Professores de Informática (Anpri) alertou, nas últimas semanas, para diversos condicionamentos à realização das provas finais e de aferição através de um suporte digital, como a fraca rede de internet e a inexistência de computadores devidamente preparados.
Mais recentemente, o presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), Filinto Lima, afirmou também que “não há condições para se realizem as provas em formato digital”.
O presidente da Associação de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), Filinto Lima, não se compromete com a compra de computadores a tempo das provas, depois de o Governo ter desbloqueado 6,5 milhões de euros.