03 abr, 2024 - 08:30 • Teresa Almeida
A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) já enviou um pedido com carácter de urgência à nova ministra da Saúde para que haja diálogo.
"Foi já enviado um pedido de reunião urgente para iniciar esse diálogo, que se espera célere e pragmático”, avança à Renascença a presidente da estrutura sindical, Joana Bordalo e Sá.
A FNAM espera medidas com capacidade de reter e atrair médicos para o SNS, com salários justos e condições de trabalho dignas, de forma “a reverter a saída de médicos para o sector privado e a emigração".
"Não há tempo a perder e as negociações devem iniciar imediatamente”, enfatiza a dirigente da FNAM.
Joana Bordalo e Sá aponta a necessidade de evitar o caos que se viveu em 2023, “com os Serviços de Urgência a fecharem em dominó de Norte a Sul do país, por falta de médicos”.
A dirigente diz que são ainda necessárias soluções para que o SNS garanta médicos de família a toda a população, assim como consultas e cirurgias a tempo e horas no SNS, em vez de vales para consulta e cirurgias no sector privado.
A FNAM apresenta soluções para fixar médicos no SNS, nomeadamente a reposição da jornada semanal de 35 horas e das 12 horas de trabalho semanal no serviço de urgência, o redimensionamento de listas de utentes dos médicos de família para os 1.500 utentes e a reposição do suplemento de disponibilidade permanente para a saúde pública.