05 abr, 2024 - 14:00 • Lusa
O número de médicos aumentou para 5,8 por mil habitantes em 2022, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), que apontam que nesse ano estavam inscritos na Ordem dos Médicos 60.396 profissionais, mais de metade mulheres.
Do total de médicos, 58.120 estão no Continente, 958 na Região Autónoma dos Açores e 1.318 na Região Autónoma da Madeira, precisam os dados, acrescentando que mais de 60% eram especialistas (37.341).
A Medicina Geral e Familiar, a Pediatria, a Medicina Interna e a Anestesiologia continuavam a ser as especialidades da maioria dos médicos especialistas.
Relativamente a 2021, havia mais 0,1 médicos por 1.000 habitantes em 2022, adianta o INE na publicação "Estatísticas da Saúde", divulgada a propósito do Dia Mundial da Saúde, que é assinalado em 7 de abril.
"Mais de metade (57,3%) dos médicos em 2022 eram mulheres, e 48,5% tinham idades entre 31 e 60 anos. O número de médicos com idades até aos 30 anos (10.323, menos 0,2% do que no ano anterior) era superior ao daqueles com 61 a 65 anos (5.231, menos 9% do que em 2021)", refere o INE.
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Segundo os dados, 35,3% dos médicos encontravam-se na região Norte e 28,4% na região da Grande Lisboa.
Entre 2000 e 2022, o número de especialistas em Pediatria aumentou 78% e o número de especialistas em Medicina Geral e Familiar aumentou 88% (em média, 2,9% ao ano), o que representa mais 0,9 médicos especialistas em Medicina Geral e Familiar por 1.000 habitantes com 15 ou mais anos.
Em 2022, 41,6% (25.153) dos médicos trabalhavam num hospital, menos 0,3 p.p. do que em 2021, valor que tem vindo a diminuir nos últimos 23 anos (61,2% em 1999).
Relativamente aos enfermeiros, o INE refere que em 2022 estavam inscritos na Ordem 81.799, correspondendo a 7,8 enfermeiros por 1.000 habitantes, valor idêntico ao de 2021, sendo que 35,2% encontravam-se na região Norte, 21,9% na Grande Lisboa e 18,7% na região Centro.
Do total de enfermeiros em atividade em 2022, 58.183 eram generalistas (71,1%) e 23.616 especialistas (28,9%), sendo que 60,2% trabalhava num hospital, menos 0,6 p.p. do que em 2021 e mais 5,1 p.p. do que em 2014.
"Apesar do aumento do número de enfermeiros ao serviço ter sido superior nos hospitais privados, foram os hospitais públicos ou em parceria público-privada que mais contribuíram para o crescimento do emprego dos enfermeiros entre 2015 e 2022 (80,0% do aumento global)", salienta o INE.