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Dois em cada três jovens ganham menos de 1.000 euros líquidos

09 abr, 2024 - 14:51 • Diogo Camilo

Estudo mostra que apenas 6% dos jovens recebe o equivalente a dois salários mínimos e mulheres recebem 26% menos que os homens. Um terço dos jovens independentes ainda vive com a família, só 20% tem casa própria.

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Dois em cada três jovens recebem menos de 1.000 euros por mês e apenas 20% dos jovens independentes têm casa própria, num mundo laboral em que elas recebem 26% menos que eles. Estas são algumas das conclusões de um estudo apresentado esta terça-feira durante as XXIV Jornadas da Psicologia Instituto Universitário de Ciências da Saúde - CESPU, no Porto.

A investigação, que inquiriu mais de cinco mil jovens, ainda tem em conta o salário mínimo de 2022 - que era de 705 euros -, mas conclui que o salário médio dos jovens que trabalham até 35 horas é de 725 euros por mês líquidos, segundo dados citados no Jornal de Notícias. Entre os que trabalham 35 a 40 horas, o salário médio é de 847 euros. Para os que trabalham mais de 40 horas, a média salarial está nos 1.144 euros.

Em “Retrato da População Jovem Portuguesa. Quem São, o Que as/os Move Agora e Quais as suas Expectativas”, os investigadores concluem ainda que só um terço dos jovens recebe entre mil a três mil euros mensais, com cerca de 3% a receberem mais de 3 mil euros líquidos por mês.

Cerca de 23% dos jovens que trabalham recebe o salário mínimo nacional ou menos do que isso, enquanto que apenas 6% recebe o equivalente a dois salários mínimos - na altura, 1.410 euros.

A remuneração entre jovens homens é 26% superior à de mulheres e também há diferenças entre litoral e interior: quem trabalha junto à costa recebe, em média, mais 5% que quem trabalha no interior.

No estudo, em que foram inquiridos pelo grupo de investigação SINLab (Social Inclusion Laboratory) jovens com idades entre os 12 e 30 anos, mais de metade (57%) está dependente dos rendimentos da família.

No entanto, entre os independentes, apenas 20% têm casa própria e um terço continua a viver com o agregado familiar. Outro terço vive em casa arrendada e cerca de 11% vive em residência universitária ou quarto arrendado.

Entre os que vivem em casa arrendada, 80% paga mais de 300€ pela renda, enquanto entre quem vive em quarto arrendado, a fatia de jovens que paga mais de 300€ pela renda é de 36% - mais de um terço.

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