18 abr, 2024 - 09:21 • Olímpia Mairos , com redação
A Plataforma dos Sindicatos da Polícia garante responsabilidade das forças de segurança e não comenta a ameaça de boicote a grandes eventos, caso o Governo não encontre soluções para o setor até ao dia 10 de maio.
À Renascença, o dirigente Bruno Pereira lembra que “ao longo de semanas tem havido dezenas de protestos e vigílias e ações de reivindicação em que a maior parte delas, ou quase todas elas, foram pautadas por uma enorme elevação, sobriedade”.
“As polícias sempre souberam cumprir com seus deveres, estar à altura das expectativas da população que servimos e, portanto, não creio que esses eventos estejam em causa embora sejam eventos privados”, acrescenta.
Nestas declarações à Renascença, Bruno Pereira diz não ter indicação de que o Governo não irá cumprir o que prometeu.
“A orientação que eu conheço é a que eu conheci do doutor Luís Montenegro, antes das eleições, no dia do discurso de vitória, e já renovada na Assembleia da República, que é resolver como prioridade máxima a questão das forças de segurança”, assinala.
Bruno Pereira acrescenta que “até ver e até haver uma apresentação detalhada e pormenorizada sobre o quê e a forma como este Governo, juntamente com a plataforma, quer resolver esta questão, não vejo nem vislumbro alguma não correspondência com aquilo que se espera ser uma resolução, uma solução efetiva para este problema”.
O jornal Expresso escreve, esta quinta-feira, que elementos das Forças de segurança admitem boicotar a segurança do Rali de Portugal, de jogos de futebol e até da Queima das Fitas do Porto, e voltar a usar baixas fraudulentas.
De acordo com o Semanário, que teve acesso a uma carta distribuída a todos os elementos das forças de segurança, o movimento inorgânico de polícias e militares dá até dia 10 de maio ao Governo para encontrar uma solução para o setor.
“Se até 10 de maio, dois meses após as eleições, não houver entendimento, os polícias não irão fazer gratificados a 11 e 12, fim-de-semana em que decorre o Rali de Portugal", lê-se na carta citada pelo jornal.
O movimento lança assim um ultimato ao Ministério da Administração Interna (MAI) e marca uma manifestação para 25 de Abril em frente ao Parlamento.
“O senhor primeiro-ministro, em campanha, afirmou que ia resolver rapidamente esta injustiça, mas após a reunião com a Ministra da Administração Interna é fácil concluir que o Governo nos quer enganar e ludibriar”, escrevem.
Na carta que está a ser distribuída a todos os elementos das forças de segurança, o movimento inorgânico lembra que quem não tem direito à greve e que deveria ser escutado e valorizado.
[notícia atualizada às 10h40 de 18 de abril de 2024]