22 abr, 2024 - 09:22 • Olímpia Mairos
Há cada vez mais utentes em lista de espera para aceder à Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI).
De acordo com os dados publicados esta segunda-feira pela Entidade Reguladora da Saúde (ERS), em 2022 “verificou-se uma tendência de agravamento da mediana do tempo desde a referenciação até à identificação de vaga” nas UMDR (Unidades de Média Duração e Reabilitação) e nas ULDM (Unidades de Longa Duração e Manutenção), “em todas as regiões”.
Nas UC (Unidade de Convalescença) e ECCI (Equipas de Cuidados Continuados Integrados – Domiciliárias) “a mediana do tempo de espera agravou-se na maioria das regiões de saúde”.
“A duração média do internamento excedeu a duração previsível para a tipologia respetiva, na maioria das regiões de saúde, o que impactará no tempo de espera até obtenção de vaga”, lê-se no comunicado.
Os dados obtidos através da monitorização da Entidade Reguladora da Saúde mostram que “mais de 90% da população residente em Portugal continental residia a 60 minutos ou menos de um ponto da RNCCI com internamento”.
Dos utentes efetivamente internados em 2022, cerca de 80% residia a 60 minutos ou menos da unidade respetiva, e mais de 40% residia a 30 minutos ou menos”.
Já no que toca ao acesso aos Cuidados continuados integrados de saúde mental (CCISM) da RNCCI, em 2022, cerca de 69,2% da população possui acesso a pelo menos uma RAMa considerando 60 minutos de viagem, sendo esta a tipologia com maior abrangência populacional, o que contrasta com 38,3% da população com cobertura por uma Residência de Treino de Autonomia (RTA) a menos de 60 minutos.
A duração média de internamento/acompanhamento em todas as tipologias de CCISM (internamento, ambulatório e domicílio), exceto RTA de adultos, é significativamente superior aos 12 meses que constam como tempo previsto para cada tipologia.