24 abr, 2024 - 10:38 • João Cunha , Olímpia Mairos
Os funcionários judiciais cumprem, esta quarta-feira, um dia de greve nacional, uma semana depois de uma reunião entre o sindicato do setor e a ministra da Justiça, que terminou sem um entendimento.
O dia adivinha-se, por isso, difícil nos tribunais. Há audiências que poderão ser adiadas devido à greve dos funcionários judiciais, que estão concentrados em vários pontos do país. No Campus de Justiça, em Lisboa, por exemplo, estavam concentrados, esta manhã, cerca de 40 funcionários judiciais.
À Renascença, o presidente do Sindicato de Funcionários Judiciais, António Marçal, diz que há duas questões que pretendem ver resolvidas no imediato para bem do setor.
“A integração do suplemento de recuperação processual que já tem 23 anos à espera de ser integrado, e o pagamento do trabalho suplementar. Estas duas medidas cumpridas no imediato permitem uma pacificação do setor”, aponta.
António Marçal acrescenta que perante a ausência de qualquer calendário negocial, ou proposta de resposta às reivindicações do setor, na reunião que mantiveram a semana passada com a ministra da Justiça, decidiram avançar com a paralisação esta quarta-feira e na próxima sexta-feira, mantendo a greve às horas extraordinárias em curso desde o início do mês.
“É necessário um 25 de Abril na justiça e um 25 de Abril que também chegue aos oficiais de justiça”.
Para 7 de maio está já marcada uma concentração de delegados sindicais frente ao Ministério da Justiça, no Terreiro do Paço, em Lisboa, entre as 8h30 e as 14h00.