30 abr, 2024 - 11:24 • Cristina Nascimento
Na época balnear que se aproxima vão existir 440 praias, marinas e embarcações com bandeira azul. Os números foram divulgados esta terça-feira pela Associação Bandeira Azul. Quando comparado com o ano passado, há mais oito locais com este selo de qualidade.
A Bandeira Azul leva em consideração vários critérios para a atribuição desta distinção, entre os quais a qualidade da água, a segurança e os serviços.
As 398 praias distinguidas estão distribuídas, por 103 municípios, 49 sáo praias fluviais, no interior do país, um número que coloca Portugal em lugar de destaque, sublinha José Archer, presidente da associação.
"As bandeiras azuis do interior são muito mais sensíveis, mais difíceis de atingir e mais difíceis de manter e Portugal destaca-se enormemente. A nível mundial somos o segundo país com mais praias do interior com bandeira azul, 49 praias, mais do dobro de Espanha, mais do dobro de Itália", reforça.
Este ano há dois municípios que pela primeira vez têm praias distinguidas - Moura e Castelo Branco. A região norte é a que tem maior número de praias distinguidas, 89 no total, mais seis do que no Algarve. Em terceiro lugar, surge a zona do Tejo com 75 bandeiras azuis, depois o Centro com 48, os Açores com 45, o Alentejo com 38 e a Madeira com 17.
Em sentido contrário, há três zonas do país com praias que perdem esta distinção. No centro, saí a praia da Aldeia Viçosa, no Tejo sai a praia da Rainha, da Conceição (Cascais), Mirante e Alvares. No Alentejo deixam de poder hastear a bandeira azul a praia Vasco da Gama e a praia da Zambujeira do Mar. Todas as saídas ficam a dever-se à qualidade da água e, no caso da Zambujeira do Mar, "foi por causa do festival" que "teve impacto negativo na qualidade da água e perdeu a bandeira azul".
José Archer considera que as saídas verificadas são "situações que são pontuais" e que devem servir de "alerta para o comportamento das pessoas", dado que, segundo o presidente da associação, por vezes "uma atitude imprudente leva a que o esforço de uma comunidade vá por água abaixo".
Na conferência de imprensa de divulgação dos locais distinguidos com bandeira azul, José Archer considerou "preocupante" o número de acidentes mortais em praias não vigiadas, um número "que não tem diminuído". Archer admite que o cenário ideal seria uma vigilância mais alargada, mas reconhece que é difícil por várias circunstâncias, entre as quais a falta de nadadores salvadores.
No evento foi ainda apresentada uma solução que vai estar disponível nalgumas zonas balneares não vigiadas, um totem que tem duas funções: uma bóia de emergência que possa ser lançada por qualquer pessoa que veja um acidentado na água e um botão de emergência que liga automaticamente para o 112 e envia a geolocalização do totem para poderem ser acionados meios de socorro.
[notícia atualizada às 13h37]