07 mai, 2024 - 19:19 • João Pedro Quesado
A área metropolitana de Lisboa vai ter um novo plano de mobilidade, mas primeiro precisa de saber como os cidadãos se movimentam no dia a dia. Já é possível responder ao inquérito à mobilidade da Transportes Metropolitanos de Lisboa (TML), que está disponível até ao dia 15 de junho.
O inquérito à mobilidade vai informar o Plano Metropolitano de Mobilidade Urbana Sustentável (PMMUS), que está a ser desenvolvido pela empresa Way2Go desde o final de 2023 – no âmbito de um contrato de quase 390 mil euros. Tem de estar pronto até agosto de 2025.
Este novo plano de mobilidade urbana vai substituir o Plano de Ação de Mobilidade Urbana Sustentável da Área Metropolitana de Lisboa. Válido entre 2016 e 2020, o documento foi desenhado num contexto de mobilidade muito diferente: não existiam nem a TML, nem o Navegante (de 2019, resultado do Programa de Apoio à Redução Tarifária nos Transportes Públicos), nem sequer a Carris Metropolitana, que foi lançada por fases a partir de junho de 2022.
Reportagem
As paragens de autocarro da Carris estão, desde ag(...)
Para compreender os padrões de mobilidade dos habitantes dos 18 municípios da Área Metropolitana de Lisboa, o inquérito procura saber os detalhes da habitação em que vivem - código postal, número de habitantes a tipologia e se tem estacionamento associado, por exemplo.
Também fazem parte das perguntas a situação profissional, o tipo de horário e a possibilidade de realizar teletrabalho, as aplicações de mobilidade que cada um tem no telemóvel.
É ainda necessário descrever as viagens que realizou no último dia útil. Isto é, descrever os pontos de partida e chegada, os motivos das deslocações e o principal modo de transporte utilizado.
Por fim, a TML procura opiniões sobre o atual sistema de transportes e mobilidade, e como este se deve desenvolver no futuro.
O inquérito agora lançado é o primeiro contacto do público com o Plano Metropolitano de Mobilidade Urbana Sustentável, que está na fase de diagnóstico da situação de mobilidade atual. Os habitantes da região de Lisboa vão ainda poder elaborar “propostas concretas” para o plano.
A elaboração do PMMUS vai seguir as diretrizes definidas pela Comissão Europeia e está dividida por quatro frases. A segunda fase é de desenvolvimento da visão estratégica do plano, à qual se segue o programa de medidas e ações, e depois a implementação, monitorização e avaliação das medidas antes da apresentação da versão final do Plano.