09 mai, 2024 - 07:20 • João Malheiro
Quatro estudantes foram detidos por bloquearam o Ministério da Saúde para exigir o fim do uso de combustíveis fósseis até 2030, argumentando que "a crise climática é uma crise de Saúde Pública".
Três dos estudantes estavam colados e foram retirados somente com recurso à força física, segundo nota do movimento.
Em comunicado, a porta-voz do movimento refere que o Serviço Nacional de Saúde "está em colapso" e será mais "agravado por catástrofes climáticas, que serão cada vez mais extremas e mais frequentes".
"Como estudante de Medicina, sei que o principal dever dos profissionais de saúde é preocupar-se com a saúde bem-estar das pessoas. Por isso é que estou aqui. Porque a crise climática é uma crise de saúde pública, e se não a travarmos, milhões de pessoas irão morrer e adoecer", referiu, ainda, a jovem.
O protesto insere-se numa onda de ações de protesto denominada "Primavera Estudantil pelo Fim ao Fóssil", direcionada para as instituições públicas.
Segundo a nota enviada à imprensa, o movimento pede também fim ao conflito na Faixa de Gaza, caracterizando-o como um "genocídio".
"Este Ministério devia estar a garantir que o Governo português age contra o massacre que já destruiu todos os hospitais de Gaza e assassinou centenas de profissionais de Saúde", critica a porta-voz do movimento.
Para dia 8 de junho, este grupo de estudantes antecipa uma marcha até ao Gabinete de Representação do Parlamento Europeu em Portugal.