14 mai, 2024 - 09:10 • João Cunha , Olímpia Mairos
Mais de uma centena de imigrantes estavam, esta terça-feira, à porta da Agência para a Integração, Migrações e Asilo, em Lisboa.
Há quem tenha chegado mesmo na segunda-feira à noite. Dormiram no chão, vestidos com mais roupa do que o habitual, para conseguirem suportar o frio. E há mesmo quem tenha chegado a meio da madrugada e não tenha vindo sozinho. É o caso de Fátima Pereira, que está com o filho de ano e meio ao colo, para conseguir cartão de residência CPLP.
“Estou nesta luta porque eu tenho que viajar. Estou mesmo muito, mas muito preocupada, porque eu tenho que voltar para Angola e não consigo voltar sem o meu bebé. E se o meu bebé for comigo para Angola, já não consegue regressar”, conta à Renascença.
A fila de espera é longa, desce a rua António Augusto Aguiar, dando a volta ao fundo na Avenida Fontes Pereira. A meio da fila encontra-se Lia Souza, que tem uma solução.
“Na minha opinião, ou fecham as portas para parar tanta emigração ou, então, têm que melhorar os dados, para resolver isso da melhor forma para todos nós, que a gente não é bicho, somos seres humanos”, diz.
Entretanto, a fila vai tendo cada vez mais pessoas que procuram legalizar a sua situação em Portugal, mas a AIMA não tem conseguido dar resposta rápida. De resto, esta manhã só foram atendidos todos os que tinham marcações prévias. Todos os outros, a maioria, apenbas entraram para tirar uma senha que lhes dá acesso ao atendimento da parte da tarde, entre o meio-dia e meia e as 16 horas.