20 mai, 2024 - 21:16 • Lusa
Cerca de 50 estudantes concentrados desde o início da tarde desta segunda-feira numa manifestação na Faculdade de Ciência da Universidade do Porto (UPorto) invadiram, pelas 20h00, as instalações, em resposta à "posição intransigente" da diretora.
Cerca das 19h30, uma comitiva dos estudantes reuniu com Ana Cristina Freire, diretora da faculdade, para tentar um entendimento que levasse a UPorto a cortar relações com Israel, na sequência do conflito na Faixa de Gaza.
Minutos depois do porta-voz, Tomás Nery, ter comunicado por altifalante aos cerca de 100 estudantes reunidos, que a diretora lhes tinha dito "ponham-se a andar daqui", os manifestantes avançaram para o interior da faculdade, cujo jardim ocupam desde quinta-feira.
Ainda segundo Tomás Nery, numa reunião que decorreu domingo com a diretora, os manifestantes foram informados que tinham de sair esta segunda-feira até às 20h00, cenário que, perante os últimos desenvolvimentos, assegurou que vão recusar.
Cinco agentes da PSP chegaram à faculdade cerca das 20h30, dirigindo-se de imediato para o interior das instalações.
Este facto foi aproveitado pelos estudantes para voltar a ocupar as instalações, estendendo-se agora pelos corredores da faculdade. .
Cantando "que vergonha deve ser, defender o genocídio para ter o que comer", os estudantes mantiveram a postura de desafio, sendo anunciado por alguns que apenas abandonariam as instalações depois de falar com a diretora.
Pelas 20h55, os agentes da PSP mantinham-se no interior das instalações, alegadamente em reunião com a diretora.