21 mai, 2024 - 07:09 • Liliana Monteiro
Os 69 reclusos do Estabelecimento Prisional de Monsanto vão passar a contar com uma ficha de informação clínica única, ou seja, uma mesma ficha na prisão e no atendimento no SNS.
O Ministério da Justiça assina esta terça-feira um protocolo com o Ministério da Saúde para a desmaterialização e integração do sistema clínico das prisões e do SNS.
Em declarações à Renascença, a secretária de Estado Adjunta da Justiça, Maria Clara Figueiredo, explica que esta é a continuidade de um projeto há muito em curso e que tem agora um desenvolvimento importante.
'Será um processo clínico único entre serviço de saúde das prisões e SNS. O projeto começa em Monsanto, mas o executivo quer alargá-lo gradualmente a todos as prisões. Todos os registos vão passar para suporte digital acessível em qualquer ponto de atendimento médico'.
Consegue-se desta forma garantir a continuidade dos cuidados de saúde, que neste estabelecimento prisional é prestado por dois médicos de clínica geral, dois psiquiatras, um estomatologista, um psicólogo e seis enfermeiros, antes e após a reclusão, sem perda de informação.
Diz o Ministério da Justiça que se garante também a uniformização dos procedimentos, podendo os profissionais de saúde tomar decisões mais precisas e informadas sobre o histórico do doente preso.
Maria Clara Figueiredo diz, por isso, que “há poupança de tempo e dinheiro”.
“Se por exemplo um recluso faz exames e análises , os dados ficam no sistema e podem ser acedidos e partilhados facilmente'.
O objetivo é alargar progressivamente este projeto até alcançar todo o universo prisional que nesta altura conta com cerca de 12 mil reclusos, distribuídos por 49 Estabelecimentos prisionais.