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Famílias das vítimas da aterragem de emergência na Caparica vão recorrer do acórdão

29 mai, 2024 - 17:36 • Lusa

No passado dia 14 de maio, o Tribunal de Almada absolveu o piloto instrutor Carlos Conde de Almeida, único arguido no processo.

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As famílias das duas vítimas mortais da aterragem de emergência de uma aeronave numa praia da Caparica, em Almada, em agosto de 2017, vão recorrer do acórdão que absolveu o piloto, revelou esta quarta-feira fonte ligada ao processo.

Segundo a advogada Bárbara Marinho Pinto, que representa as famílias das duas vítimas - Sofia Baptista António, de 8 anos, e José Lima, de 56 -, os assistentes no processo decidiram recorrer para o Tribunal da Relação de Lisboa (TRL), mas pediram uma prorrogação do prazo legal de 30 dias para interpor recurso, devido ao "volume do processo e à complexidade da matéria controvertida".

No requerimento dirigido à juíza do Tribunal de Almada, a advogada considera que o prazo legal é insuficiente porque a preparação das alegações de recurso exige uma análise cuidada da prova, incluindo o depoimento do perito e dos pilotos ouvidos pelo tribunal.

No passado dia 14 de maio, o Tribunal de Almada absolveu o piloto instrutor Carlos Conde de Almeida, único arguido no processo, que tinha sido acusado de dois crimes de homicídio durante a aterragem de emergência, após uma falha de motor, na praia de São João da Caparica, no concelho de Almada, distrito de Setúbal.

A aterragem de emergência do avião ligeiro de instrução Cessna 152, no dia2 de agosto de 2017, provocou a morte de José Lima e da Sofia, que estavam no areal, mas o coletivo do tribunal considerou não ter ficado provado em audiência de julgamento que o piloto Carlos Conde de Almeida não tivesse cumprido os procedimentos de emergência a que estava obrigado.

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