31 mai, 2024 - 22:00 • Anabela Góis
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Os mapas com as maternidades e urgências obstétricas abertas por todo o país deixam de ser divulgados. O Governo anunciou esta sexta-feira que o acesso aos hospitais é feito pela linha SNS Grávida, disponível a partir deste sábado, 1 de junho.
A linha SNS Grávida (808242424 - o mesmo número do SNS24) vai encaminhar as utentes para a urgência mais próxima da sua área de residência, indica o Ministério da Saúde.
Em declarações à Renascença, Fernando Cirurgião, diretor da obstetrícia do Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa, reconhece que eram necessárias medidas para os próximos meses, porque tem sido difícil garantir equipas, mas vai esperar para ver o que acontece.
“Sem dúvida alguma que eram precisas medidas para agora, para os próximos meses, mas ainda vamos ter que validar todas estas medidas e ver até que ponto são suficientes para colmatar as dificuldades, já que acabaram de sair e as equipas já estão constituídas. Em muitas situações, são equipas que podem ser insuficientes para manter a porta [da maternidade ou urgência] aberta para rua”, receia Fernando Cirurgião.
Este fim de semana, a urgência obstétrica do Hospital São Francisco Xavier vai estar fechada por falta de médicos. Fernando Cirurgião diz que bastavam apenas mais dois especialistas, mas não foi possível.
O programa de emergência para a Saúde prevê o redimensionamento das equipas por hospital em função do número de partos e isto significa que no caso do S. Francisco Xavier são necessários quatro especialistas e um interno. A proposta já não é nova mas, tendo em conta a falta de médicos, é difícil de cumprir, diz o responsável.
Sobre o anunciado incentivo de 750 euros para as equipas que fizerem mais partos do que a média, Fernando Cirurgião diz que dificilmente será apelativo.
Saúde
Informação foi confirmada pela ministra da Saúde, (...)
Noutra medida na área da Saúde, Os recém-nascidos vão passar a ser vacinados contra o vírus sincicial respiratório (VSR), a partir de outubro, indica a ministra Ana Paula Martins, em entrevista ao programa Hora da Verdade, da Renascença e jornal Público.
O anticorpo monoclonal - de toma única - previne o VSR, que é a causa mais comum de infeções respiratórias do trato inferior em crianças com menos de um ano de idade.
Na mesma entrevista, a ministra da Saúde revelou que tenciona anunciar em breve os primeiros centros de atendimento clínico, em Lisboa e no Porto, um novo modelo para ajudar a retirar dos hospitais os casos classificados como não urgentes.