Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Provas de aferição arrancam com alunos sem internet

03 jun, 2024 - 07:39 • Sérgio Costa , Olímpia Mairos

As provas de aferição arrancam esta segunda-feira, com o exame de Português do 8.º ano. Vão ser realizadas em formato digital, mas há alunos que não têm acesso à internet.

A+ / A-

Apesar de as escolas garantirem tudo terem feito para resolver problemas, como os computadores, há problemas que persistem e que podem refletir-se nas provas de aferição do 5º e 8ºano.

Há alunos que terão ficado sem Internet nos kits digitais, porque o contrato de fornecimento de Internet entre o Estado e os operadores expirou a 31 de maio.

Em declarações à Renascença, o presidente da Associação de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ADAEP), Filinto Lima, diz que “podemos estar perante um problema de falta de equidade entre alunos porque a partir de agora só os alunos de escalão A, B e C e professores é que de terão acesso aos routers. Ou seja, nos últimos dias os routers dos outros alunos foram-lhes retirados”.

Esta segunda-feira realiza-se a prova de Português do 8.º ano, em formato digital e há alunos que poderão ter dificuldade em realizar o exame.

Para o presidente da ADAEO, isto só se entende por uma opção orçamental. “Eu só espero que a partir de setembro, todos os alunos tenham os routers e todos os alunos tenham os kits digitais, o que até agora não acontece”, acrescenta.

Os problemas persistem no que diz respeito à rede nos estabelecimentos de ensino. Segundo Filinto Lima, a rede Wi-Fi das escolas é “uma rede pouco fiável e, portanto, aquilo que se pede é que rapidamente seja colocado em todas as escolas redes fiáveis para que os professores não tenham que levar para as escolas o plano A e o plano B”.

“O plano A com recurso aos meios digitais, mas quando este falha, os professores têm que ter um truque na manga e usam um plano B que é o recurso aos métodos tradicionais, ao quadro e à esferográfica”, explica.

O presidente da Associação de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas garante que os diretores de escolas tudo fizeram para que as provas de aferição decorram dentro da máxima normalidade, mas será necessário esperar para ver o que vai acontecer em cada escola.

“Teremos que aguardar, portanto, a partir de hoje, o que é que vai acontecer em cada escola. Porque se há escolas que estão de facto, bem equipadas, em muitas escolas sabe-se que a rede Internet não é nada a fiável”, diz.

Uma coisa é certa, garante Filinto Lima: “oOs alunos nunca serão prejudicados."

A Associação de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas defende ainda um pacto de regime para que os exames sejam sempre feitos no mesmo ciclo de ensino. Filinto Lima fala da necessidade de um entendimento definitivo entre PSD e PS, nesta matéria.

“O que nós apelamos é que, de facto, seja feito um acordo, um pacto na educação, um acordo de regime, como diz o professor Marcelo Rebelo de Sousa, para que se chegue a uma conclusão se estas provas de aferição serão realizadas ou no final do ciclo ou a meio do ciclo, mas é preciso que eles se entendam”.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+