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Chimarrão. PJ detém trio suspeito de desviar dezenas de milhões de euros

05 jun, 2024 - 13:12 • Olímpia Mairos

De acordo com a polícia de investigação criminal, os detidos conseguiram controlar “todo o sistema informático relacionado com a faturação, fazendo seu aquele que era o património pessoal do fundador e das empresas do grupo”.

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A Polícia Judiciária (PJ) deteve, esta terça-feira, três pessoas suspeitas de terem desviado dezenas de milhões de euros das empresas do grupo de restauração Chimarrão e do património pessoal do fundador.

Em comunicado, a polícia de investigação criminal esclarece que foi realizada uma “operação policial para cumprimento de 25 mandados de busca domiciliárias e não domiciliárias” tendo sido “efetuadas três detenções”, no âmbito de uma “investigação de cibercrime e de criminalidade económico-financeira que controlava todo o sistema informático relacionado com a faturação do grupo Chimarrão”.

“Os detidos conseguiram obter total domínio do grupo Chimarrão, controlando todo o sistema informático relacionado com a faturação, fazendo seu aquele que era o património pessoal do fundador e das empresas do grupo”, lê-se no comunicado.

Segundo a PJ, os suspeitos “aproveitaram-se da situação de vulnerabilidade das vítimas, assumindo paulatinamente o controlo das empresas e transferindo para a sua esfera pessoal património avaliado em dezenas de milhões de euros, o que suscitou fortes suspeitas relativamente à licitude de vários negócios jurídicos”.

“A investigação da Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica da PJ, no âmbito de um processo-crime que corre termos no Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa, incide sobre a atuação concertada dos detidos, cujo objeto visa apurar a eventual prática de crimes de acesso ilegítimo, sabotagem informática, burla informática, falsificação de documentos e branqueamento de capitais”, indica a PJ.

As buscas realizadas no decorrer da operação “Assinatura d’Ouro” permitiram a recolha e apreensão de prova de natureza documental e digital, bem como a apreensão de imóveis, saldos bancários, participações societárias e viaturas de luxo.

Os detidos serão presentes ao Tribunal Central de Instrução Criminal de Lisboa, para realização do primeiro interrogatório e aplicação das medidas de coação.

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