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Saúde

Urgências congestionadas na Grande Lisboa. Loures é o caso mais complicado

05 jun, 2024 - 07:51 • André Rodrigues , Olímpia Mairos

Doentes com pulseira laranja têm, no Beatriz Ângelo, um tempo de espera superior a 13 horas, quando deveriam ser atendidos em apenas 10 minutos. No Amadora-Sintra, a espera ultrapassa as nove horas e no Santa Maria mais de cinco.

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As urgências hospitalares estão congestionadas, esta manhã, com os doentes a terem que esperar várias horas para serem atendidos.

A situação mais complicada verifica-se no Hospital de Loures. Os doentes muito urgentes - com pulseira laranja - têm um tempo de espera superior a 13 horas, quando deveriam ser atendidos em apenas 10 minutos.

Já os doentes urgentes esperam quase 17 horas quando deveriam ser atendidos em 60 minutos.

Também no Hospital Amadora-Sintra, a espera ultrapassa as 9 horas e no Santa Maria, os doentes urgentes esperam mais de 5 horas para serem atendidos.

Em Braga e Portimão, os tempos de espera estão a ser largamente ultrapassados, oscilam entre as 8 e as 10 horas de espera.

À Renascença, Joana Bordalo e Sá - da Fnam (Federação Nacional dos Médicos) - admite que a situação se deva ao facto de haver médicos que já ultrapassaram as 150 horas extraordinárias anuais, previstas na lei.

“Nós sabemos que nesta altura grande parte dos médicos que fazem serviço de urgência, e que fazem horas extraordinárias de uma forma rotineira, já atingiram as 150 horas, embora não haja para já, um movimento da colocação das escusas para não fazer mais do que os 150 horas a que os médicos são obrigados por ano”, explica Joana Bordalo e Sá.

Questionada sobre se pode haver situações pontuais de médicos que já não estão a ir trabalhar por já terem excedido essas horas 150 horas extraordinárias, a presidente da Fnam admite que “poderá estar a acontecer porque é um direito que assiste os médicos”.

“As coisas poderão ficar mais complicadas se, efetivamente, não forem tomadas medidas que devolvam médicos ao Serviço Nacional de Saúde”, avisa Joana Bordalo e Sá.

Recorde-se que a ministra da Saúde vai esta quarta-feira ao Parlamento prestar esclarecimentos aos deputados sobre o Plano de Emergência para a Saúde.

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