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Miniférias da próxima semana preocupam administradores hospitalares

07 jun, 2024 - 12:50 • Maria João Costa , Olímpia Mairos

Presidente da Associação de Administradores Hospitalares diz que a situação nas urgências pode agravar-se no verão e espera que o Governo consiga mitigar a falta de médicos, gerindo a rede de forma centralizada.

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A próxima semana poderá trazer dificuldades acrescidas às urgências hospitalares.

As miniférias, devido aos feriados, podem levar à escassez de médicos, sobretudo nas urgências.

A preocupação é manifestada à Renascença pelo presidente da Associação de Administradores Hospitalares, que lamenta que o cenário não seja novo.

“Não houve nenhuma alteração significativa a esse cenário”, nota Xavier Barreto, acrescentando que “continuamos a ter muitas dificuldades, continuamos a ter muitas urgências garantidas com prestadores de serviço e sabemos que os prestadores de serviço, particularmente nestes períodos de férias e até de Santos Populares – isto já aconteceu o ano passado - tendem muitas vezes a não mostrar disponibilidade para fazer turnos”.

“Isso cria ainda mais dificuldades e, portanto, o que esperamos é que existam naturalmente alguns constrangimentos na resposta, eventuais tempos de espera prolongados, mais do que aquilo que seria aceitável, à semelhança daquilo que já aconteceu em anos anteriores”, antecipa.

Nestas declarações à Renascença, o presidente da Associação de Administradores Hospitalares adverte que a situação pode agravar-se no verão e espera que o Governo consiga mitigar a falta de médicos, gerindo a rede de forma centralizada.

De acordo com Xavier Barreto, no imediato e em particular para este verão, “não podemos esperar que a situação esteja resolvida”.

“Não está, não vai estar. O que nós esperamos é que o Governo, nomeadamente através da direção executiva, procure mitigar estas dificuldades”, diz, insistindo que o problema não se resolve “enquanto não tivermos mais recursos humanos, particularmente médicos”.

“Gerir toda a rede de hospitais, de urgências de uma forma centralizada, garantir que em cada região nós temos uma resposta para as nossas pessoas, mesmo que isso implique um funcionamento rotativo em rede, tudo isso são formas de mitigação”, exemplifica.

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