08 jun, 2024 - 10:00 • Ricardo Vieira
A Plataforma de Sindicatos e Associações da PSP e GNR reivindica um aumento do subsídio de risco de, pelo menos, 400 euros. Se o Governo não aceitar, admite o regresso aos protestos.
A ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, foi informada acerca desta “posição final” dos representantes dos elementos da PSP e GNR, indica a Plataforma, em comunicado divulgado na sexta-feira.
“A Plataforma de Sindicatos e Associações da PSP e GNR, deliberou na reunião de hoje [sexta-feira], não poder aceitar qualquer valorização da sua componente do risco, em valor inferior aos 400€, somados ao 100€ que já possui na atualidade, valores que devem ter uma indexação aos Dirigentes máximos”, adiantam os representantes das forças de segurança.
Na última reunião com os sindicatos, a ministra da Administração Interna melhorou a proposta para 300 euros, a serem pagos até 2026, mas ficou aquém das reivindicações dos sindicatos e associações.
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Porta-voz da plataforma sindical de polícias diz q(...)
Se o Governo não aumentar o subsídio de risco, a Plataforma diz que não restará alternativa a “avançar de forma expressiva e dinâmica para ações de protesto em todo o País”.
A Plataforma de Sindicatos e Associações da PSP e GNR considera que o primeiro-ministro, Luís Montenegro, “está a faltar ao compromisso” que assumiu em fevereiro deste ano, quando “afirmou que iria ‘reparar’ a injustiça criada face aos colegas da PJ”.
Em declarações aos jornalistas, ao início da tarde de sexta-feira, no Porto, à margem da reunião da plataforma, Bruno Pereira, o porta-voz desta estrutura que congrega 11 sindicatos da PSP e associações da GNR, considerou que os valores da última proposta da ministra da Administração Interna, que foi recusada na terça-feira, não “significam migalhas” mas que “ficam muito aquém” do pretendido por aqueles profissionais.
O Governo propôs na terça-feira um aumento de 300 euros no suplemento de risco da PSP e GNR, valor que será pago de forma faseada até 2026, passando o suplemento dos atuais 100 para 400 euros.
Segundo a proposta, os 300 euros de aumento seriam pagos por três vezes, sendo 200 euros em julho e os restantes no início de 2025 e 2026, com um aumento de 50 euros em cada ano.
Com esta proposta, a vertente fixa do atual suplemento por serviço e risco nas forças de segurança passa dos 100 para os 400 euros, mantendo a vertente variável de 20% do ordenado base dos militares da GNR e polícias da PSP.