Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Deco manifesta "preocupação" com o aumento de créditos ao consumo

18 jun, 2024 - 10:36 • Ana Fernandes Silva

Dados do Banco de Portugal revelam que nos primeiros quatro meses do ano foram concedidos mais de dois mil e 700 milhões de euros.

A+ / A-

A Deco Proteste expressa "preocupação" com o aumento de pedidos do crédito ao consumo.

À Renascença, o jurista Nuno Rico revela que as famílias têm recorrido cada vez mais "ao crédito ao consumo como forma de poderem adquirir determinados bens e serviços" que de outra forma não conseguiriam por "falta de poupanças".

"Daquilo que é o contato que temos tido com os consumidores, a conclusão que estamos a chegar é que, em muitos dos casos, este aumento deve-se ao facto das famílias portuguesas estarem a compensar a perda de rendimentos que tiveram através do aumento do custo de vida como, por exemplo, o aumento das taxas de juro no crédito à habitação", diz.

Dados divulgados esta segunda-feira pelo Banco de Portugal revelam que, nos primeiros quatro meses do ano, foram concedidos mais de dois mil e 700 milhões de euros. Mais 9% em comparação com igual período do ano passado.
Nuno Rico critica a facilidade de contratar créditos e defende que "deve haver uma maior ponderação e alguma autorregulação por parte da banca na oferta deste tipo de produtos", para que os portugueses não contraiam créditos por impulso.

O jurista dá ainda um exemplo, em nome próprio, de como as credoras atuam. "Ainda nem há um mês recebi uma mensagem do meu banco a dizer que eu tinha um determinado montante em crédito disponível, que podia utilizar. Bastava ir à aplicação do banco e confirmar. Eu fiz essa experiência e posso dizer que bastam cinco ou seis cliques para chegar à decisão final", conclui.

Saiba Mais
Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+