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Mãe das gémeas dá explicações no parlamento

21 jun, 2024 - 05:28 • Lusa

Em causa está o tratamento hospitalar das duas crianças que receberam um medicamento no valor de quatro milhões de euros, no Hospital de Santa Maria, em Lisboa.

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A mãe das gémeas tratadas no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, Daniela Martins, vai depor esta sexta-feira presencialmente na comissão parlamentar de inquérito, sendo a segunda a ser chamada depois do ex-secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales.

As audições iniciaram-se semana e meia depois de a Polícia Judiciária ter realizado buscas em duas unidades do Serviço Nacional de Saúde e em instalações da Segurança Social.

O Ministério Público explicou, na ocasião, que estavam em causa factos suscetíveis de configurar “prevaricação, em concurso aparente com o de abuso de poderes, crime de abuso de poder na previsão do Código Penal e burla qualificada”.

Neste processo, há já dois arguidos conhecidos: Lacerda Sales e Nuno Rebelo de Sousa, filho do Presidente da República.

Em causa está o tratamento hospitalar das duas crianças residentes no Brasil e que adquiriram nacionalidade portuguesa e receberam o medicamento Zolgensma. Com um custo de dois milhões de euros por pessoa, este fármaco tem como objetivo controlar a propagação da atrofia muscular espinal, uma doença neurodegenerativa.

O caso está ainda a ser investigado pela Procuradoria-Geral da República e a Inspeção-Geral das Atividades em Saúde já concluiu que o acesso à consulta de neuropediatria destas crianças foi ilegal.

Também uma auditoria interna do Hospital Santa Maria concluiu que a marcação de uma primeira consulta hospitalar pela Secretaria de Estado da Saúde foi a única exceção ao cumprimento das regras neste caso.

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  • António Costa
    21 jun, 2024 Porto 18:48
    Em causa está o tratamento hospitalar das duas crianças que receberam um medicamento que não deveria ter ocorrido, se o caso fosse de duas aspirinas, não seria considerado caso, se fosse de duzentos euros talvez também não, se fosse de mil euros talvez fosse investigado mas de quatro milhões é crime nítido. Se a mãe das crianças, que não mostra o minimo arrependimento, comprou meia duzia de ovos, se desfez da embalagem e os enrrolou em papel de jornal para oferecer ao filho do presidente, que se condene o filho do presidente, mas se nem isso fez, que se condene quem? Deixa lá ver... a mãe, não se pode amar a cima da lei.

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