26 jun, 2024 - 01:51 • Pedro Caeiro , com redação
O regresso do atendimento presencial sem marcação nos serviços públicos é uma boa notícia, mas faltam funcionários, afirma o secretário-geral da Federação dos Sindicatos da Administração Pública (Fesap).
Em declarações à Renascença, José Abraão reage assim a uma das medidas do Governo para a reforma da Administração Pública.
Sobre o regresso do atendimento ao público sem marcação prévia nos vários serviços públicos, como é o caso, por exemplo, das repartições de Finanças, o sindicalista diz concordar, mas queixa-se da falta de pessoal.
“Sempre consideramos que os serviços públicos com portas abertas devem atender os cidadãos de forma presencial, mas sempre notamos dificuldades de pessoal para que se possa corresponder a esse objetivo”, afirma o secretário-geral da Fesap.
Reforma da Administração Pública
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“Uma das questões que vamos colocar é se vai haver mais admissão de trabalhadores para os Registos e Notários, para a AIMA [Agência para a Integração, Migrações e Asilo], para os tribunais. No fundo, nos serviços onde se vai acumulando maior número de respostas às necessidades dos cidadãos”, sublinha.
José Abraão dá o exemplo dos Registos e Notários, onde “eram precisos mais 500 ou 600 trabalhadores”.
O número de cargos de dirigentes públicos vai reduzir-se em 25%, para 236, na sequência da reforma do Estado aprovada esta terça-feira pelo Conselho de Ministros.
“Pelo menos vamos ter menos 25% do número dos atuais dirigentes. A Fesap sempre considerou que é preciso reformar, reorganizar, gerir melhor a Administração Pública, mas também em negociação com os sindicatos. Temos uma reunião no dia 28 com o Ministério das Finanças e aí vamos procurar obter mais e melhor informação”, refere o secretário-geral da Fesap, em declarações à Renascença.