04 jul, 2024 - 15:21 • Susana Madureira Martins , Manuela Pires , Marta Pedreira Mixão
Já depois do arranque do plenário da
Assembleia da República, onde esta quinta-feira se discutem diversos projetos
de lei para aumentar os suplementos das forças de segurança, dezenas de
elementos das polícias concentravam-se do lado de fora do Parlamento à espera
de entrar pela porta lateral do edifício.
De forma serena e sem protestos audíveis, vários elementos das polícias, que querem estar presentes no hemiciclo durante o debate e votação dos projetos, concentraram-se na rua à espera de serem revistados pelos colegas da Polícia de Segurança Pública (PSP) que registam diariamente as entradas no Parlamento.
Muitos destes elementos das forças de segurança que pretendem manifestar o descontentamento em relação à falta de um acordo com o Governo para aumentar os suplementos equiparando-os aos da Polícia Judiciária (PJ) não deverão conseguir entrar.
A alternativa dos manifestantes deverá ser a de deslocarem-se para a fachada do Parlamento para aí se concentrarem o tempo que durar o debate na Sala das Sessões.
Já na sala das sessões, as galerias estão quase todas ocupadas, mas há ainda alguns lugares vazios que vão sendo preenchidos ao longo da última hora.
No arranque do debate, André Ventura deu voz ao descontentamento de quem espera na fila para entrar na Assembleia.
"Gostava apenas de dar-lhe conta de algo que eu acho que é comum a todo o Parlamento. Estão centenas de pessoas lá fora impedidas de entrar neste Parlamento. Estão a dizer-nos que não conseguem entrar. Ora, este é um debate público. Penso que o presidente, como presidente da Assembleia, deve garantir que as pessoas podem entrar", explicou.
Por sua vez, o presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, assegurou que a entrada no parlamento não está a ser impedida.
"Não há nenhuma situação especial em relação à entrada das visitas para as galerias em comparação com qualquer outro dia normal", respondeu Aguiar-Branco.
O líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, não aceitou as criticas do Chega e explicou que há procedimentos de segurança que são aplicados a todos os que querem entrar no plenário, até mesmo com crianças muito pequenas.
"Não é a primeira nem será a última vez, que escolas com meninos pequeninos que querem assistir aos trabalhos estão em fila lá fora para poder entrar. É assim se faz no Parlamento. Os senhores tenham respeito por as pessoas todas, todas, todas", respondeu Hugo Soares.