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Forças de segurança

"Sejam polícias, sejam exemplo". Plataforma da PSP e GNR pede contenção junto ao Parlamento

04 jul, 2024 - 09:49 • André Rodrigues

Bruno Pereira repudia apelo do Chega à mobilização dos agentes das forças de segurança para um protesto junto à Assembleia da República, no dia em que os deputados discutem e votam vários diplomas, que incluem a subida do suplemento de missão da PSP e da GNR.

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Saibam ser polícias, saibam ser um exemplo para todas as pessoas”. É o apelo feito na Renascença por Bruno Pereira, presidente do Sindicato Nacional de Oficiais de Polícia e porta-voz da Plataforma de Sindicatos da PSP e Associações da GNR, no dia em que se espera que vários elementos da PSP e da GNR respondam ao apelo de André Ventura para que se manifestem diante do Parlamento.

Bruno Pereira ressalva que “a participação cívica dos polícias não é de censurar, nem deve ser mal interpretada no sentido de constituir-se como um comportamento visto como antidemocrático”.

Para este responsável, o problema está no desafio feito pelo líder do Chega nas redes sociais, não só por “ser um líder de um partido político a apelar a uma concentração de polícias ou uma aparente manifestação”, mas, sobretudo, pela ideia de que “poderá haver, mais uma vez, uma colagem de fações setoriais do Estado a uma determinada força política, ainda para mais quando, há meses, que estamos a pedir que haja o afastamento claro dos partidos relativamente a esta matéria”.

Montenegro justifica-se com “limitações orçamentais que não conhece”

No entanto, para o porta-voz da plataforma sindical da PSP e da GNR, o problema de fundo é a “intransigência negocial” do Governo, a quem, segundo diz, deveria caber, “em primeira linha, esse mesmo encargo”.

No entanto, Bruno Pereira assinala que, ao dizer que o Governo não colocaria nem mais um cêntimo nas polícias, Luís Montenegro “retirou qualquer margem à senhora ministra para poder chegar a um ponto mais avançado para conseguir tentar fechar um acordo com os sindicatos e trazer alguma paz ao setor”.

Para o dirigente, o primeiro-ministro “refugia-se aparentemente em limitações orçamentais que não conhece… é esta a minha principal preocupação: ver o primeiro-ministro a não querer investir, ao menos, para chegar a um acordo”.

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