05 jul, 2024 - 23:01 • Lusa
A Federação Nacional dos Médicos (Fnam) anunciou uma greve geral para 23 e 24 de julho, alegando que o Governo pretendia iniciar as negociações sobre as grelhas salariais apenas em 2025.
"O Ministério da Saúde recusou assinar um protocolo negocial e acaba por empurrar os médicos para outras medidas de luta como a greve", adiantou à agência Lusa a presidente da Fnam, após a reunião com o Ministério da Saúde.
Segundo Joana Bordalo e Sá, além desta paralisação nacional de dois dias, será também marcada uma greve ao trabalho extraordinário nos cuidados de saúde primários durante este mês, com a estrutura sindical a apelar ainda aos médicos que avancem com as minutas de indisponibilidade para o trabalho suplementar para além dos limites legais.
"A decisão está tomada e o pré-aviso vai ser emitido", assegurou a dirigente sindical, para quem a negociação das grelhas salariais é prioritária e tinha de estar concluída até setembro para ficar contemplada no Orçamento do Estado para o próximo ano.
A Fnam parte para a greve depois de o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) ter chegado a acordo com o Governo sobre o protocolo negocial que inclui as grelhas salariais, condição exigida pelo SIM para avançar com as negociações.
"Como o SIM sempre tinha dito, a questão das grelhas salariais tinha que estar incluída neste protocolo e, assim sendo, foi possível assinar este protocolo com reunião já marcada (...) para daqui a 15 dias, para iniciar as negociações, neste caso sobre a avaliação de desempenho", disse Nuno Rodrigues, na quarta-feira, à saída da reunião no Ministério da Saúde.