06 jul, 2024 - 23:28 • Lusa
A administração da CP salientou este sábado que o acordo alcançado com o Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ) contém matérias que abrangem todos os trabalhadores, incluindo o aumento salarial e do subsídio de refeição.
"O acordo alcançado entre a CP e o Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ) resultou da renegociação do respetivo Regulamento de Carreiras e contém matérias que são extensíveis a todas as categorias profissionais da CP, dado que inclui um aumento de 1,50% das tabelas salariais e um aumento do subsídio de refeição para 9,20 euros", lê-se numa nota enviada à Lusa.
"Tendo em conta que as alterações têm natureza transversal, as mesmas serão estendidas a todas as áreas da empresa, no âmbito da renegociação do Regulamento de Carreiras, beneficiando os demais trabalhadores da CP das melhorias acordadas, garantindo-se assim uma aplicação equitativa e abrangente dos termos negociados", acrescenta-se no texto.
A CP vai reunir na próxima semana para continuar as negociações relativas ao regulamento das carreiras, acrescentando que vai "assegurar que todas as preocupações dos trabalhadores sejam devidamente abordadas".
Para os sindicatos, "é inaceitável" que a administ(...)
A Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans) anunciou, na sexta-feira, que os trabalhadores da CP vão voltar a estar em greve nos dias 22 e 24 de julho, acusando a administração da empresa de apresentar uma proposta inaceitável.
"Para além do plenário marcado para 11 de julho, um conjunto de sindicatos entregou à CP um pré-aviso de greve para os dias 22 e 24 deste mês", lê-se numa nota da Fectrans. Estes trabalhadores estiveram em greve no dia 28 de junho.
Para os sindicatos, "é inaceitável" que a administração da CP, depois de ter garantido que iria estender a todos os trabalhadores um acordo que foi celebrado com uma organização sindical, queira condicionar isso à aceitação da proposta de regulamento de carreiras.
O Governo, a CP e o Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ), que tinha convocado uma greve entre 27 de junho e 14 de julho, entretanto suspensa, chegaram, recentemente, a acordo.
A Fectrans defendeu que a proposta "aumenta a polivalência de funções e não valoriza a grela salarial", o que disse ser uma "medida estratégica" para recrutar novos trabalhadores e manter os atuais.
Segundo a mesma nota, estava marcada para sexta-feira uma reunião com a empresa, que foi desmarcada, uma vez que a CP tem que discutir o processo com a tutela.
"Esperamos que após isso venham com ideias mais claras para desenvolver o conflito e não com a mesma linha de confronto e provocação", vincou.
O plenário de dia 11 terá lugar na estação de Entrecampos, em Lisboa.
Para além das CT da CP e da IP e da Fectrans, subscrevem esta posição as associações sindicais das Chefias Intermédias de Exploração Ferroviária (ASCEF) e Independente dos Ferroviários da Carreira Comercial (ASSIFECO), assim como os sindicatos nacionais dos Transportes, Comunicações e Obras Públicas (FENTCOP), dos Trabalhadores do Setor Ferroviário (SNTSF), dos Ferroviários do Movimento e Afins (SINAFE), Democrático da Ferrovia (Sindefer) e de Quadros Técnicos (SNAQ).
Soma-se o apoio dos sindicatos independentes dos Trabalhadores Ferroviários, das Infraestruturas e Afins (SINFA), Nacional dos Ferroviários (SINFB), dos Operacionais Ferroviários e Afins (SIOFA) e dos sindicatos dos Transportes Ferroviários (STF) e dos Trabalhadores do Metro e Ferroviários (STMEFE).