10 jul, 2024 - 10:48 • João Cunha
O presidente da Associação de Administradores Hospitalares, Xavier Barreto, diz que, com os meios atuais, não será possível reduzir meio milhão de urgências até 2026, como pretende o governo.
"Com a atual organização e os atuais recursos, é difícil atingir esse objetivo, que é muito ambicioso”, diz o dirigente à Renascença.
O especialista argumenta que o cumprimento da meta implica “um maior investimento da parte do governo em instalações, recursos e pessoas”.
“Tudo isto é muito ambicioso, porque implica investimento, espaço e sobretudo pessoas. E este é o nosso principal fator limitante: onde é que vamos buscar estes profissionais? Como é que vamos disponibilizar horas para fornecer esta nova resposta?"
“Enquanto não tivermos uma cobertura mais alargada de médicos de família, naturalmente que teremos muitas vezes muitos doentes a recorrer ao serviço de urgência hospitalar para resolver ‘problemas-minor’, que deveriam ser resolvidos nos cuidados primários e que, infelizmente, não conseguem resolver", remata Xavier Barreto.