12 jul, 2024 - 07:46 • Angela Roque
Começa esta sexta-feira mais uma campanha de recolha de alimentos da Cruz Vermelha em quase 600 superfícies comerciais do país. Este ano, face ao aumento de pedidos de ajuda, já é a segunda vez que a instituição lança recolha de bens alimentares.
"Não temos os dados, porque 2024 ainda está a decorrer, mas lamentavelmente, o que constatamos é que esta tendência de necessidade de apoio vem aumentando ano após ano", diz o presidente da Cruz Vermelha, António Saraiva, à Renascença.
A ajuda pode ser dada através da entrega de alimentos como arroz, atum ou esparguete mas também pela compra de um vale monetário ou alimentar, que se traduz depois nesse tipo de produtos.
Em 2023, foram "apoiadas 8.200 pessoas com o cartão da Cruz Vermelha", revela António Saraiva, sublinhando que muitos do requerentes de ajuda "até têm empregos, mas não conseguem pagar as suas contas, a renda de casa, luz, água, etc.".
A instituição, que serve ainda 785 refeições diárias a sem abrigo, não se restringe à entrega de alimentos, sendo também feito o acompanhamento "às camadas populacionais isoladas, como são alguns idosos que vivem sozinhos, em que são levadas carrinhas de Internet para que eles possam contactar a família."
Toda a ajuda é operacionalizada desde as 157 delegações espalhadas pelo país, sendo feito um trabalho de sinalização "em conjunto com as câmaras municipais e com outras entidades do setor social".
A campanha "Vale +" prolonga-se pelos fins de semana de 13/14 e 20/21 de junho.