12 jul, 2024 - 18:15 • Anabela Góis , João Pedro Quesado
Vítor Almeida desmentiu esta sexta-feira o Ministério da Saúde, que alegou que o médico nomeado para a direção do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) recusou o cargo por "razões profissionais". A saída de Vítor Almeida do INEM foi avançada esta manhã.
O médico anestesista disse à Renascença que pediu para abandonar a direção do INEM por falta de condições para exercer o cargo, e não por razões pessoais ou profissionais.
“A decisão é fundamentada, sobretudo, numa análise da ausência de condições para poder exercer as minhas funções com as garantias que são absolutamente necessários para o desenvolvimento das funções.”
Vítor Almeida afirmou que impôs várias condições, entre as quais a garantia da manutenção dos helicópteros de emergência médica e um reforço financeiro no INEM.
Em causa estão “garantias jurídicas e de apoio no sentido a resposta a questões fundamentais, nomeadamente no serviço de helicópteros de emergência médica. O segundo eixo é o financiamento que precisamos, porque sem reforço de verbas o INEM vai continuar a ter os mesmos problemas", sublinha.
No comunicado da manhã desta sexta-feira, o Ministério da Saúde disse que, "nos contactos com a tutela durante a última semana", o médico anestesista Vitor Almeida "concluiu que não estavam reunidas as condições para assumir a presidência do INEM, por razões profissionais e face ao contexto atual do instituto".
Contactado pela Renascença, o gabinete da ministra da Saúde recusou fazer comentários, remetendo para o comunicado em que anunciou a nomeação de Sérgio Agostinho Dias Janeiro para presidente do INEM, em regime de substituição, por 60 dias.
Em reação à notícia, o Iniciativa Liberal e o Chega já pediram a audição urgente do agora ex-presidente do INEM.
[notícia atualizada às 20h17]