17 jul, 2024 - 10:00 • Jaime Dantas
Se for à praia de Matosinhos esta quarta feira, pode saber como está a sua saúde de forma gratuita, no centro de rastreio da Federação Académica do Porto (FAP).
O centro da "Semana da saúde" conta com mais de 100 estudantes voluntários da área da cardiologia, dermatologia, psicologia, medicina dentária e nutrição.
À Renascença, o presidente da FAP, Francisco Porto Fernandes, diz que mais do que a realização dos rastreios o objetivo da ação - que já vai na 17ª. edição - é a "promoção da literacia em saúde".
"Acreditamos mesmo que a educação é o melhor remédio. Em Portugal, temos muitas falsas urgências, temos muito desconhecimento de como usar a linha SNS 24 e portanto temos aqui ao longo de três dias apostado em aumentar o conhecimento em saúde dos portugueses", diz.
Ao inicio da manhã, já eram várias as pessoas que visitaram a tenda instalada na marginal de Matosinhos e o rastreio cardiovascular foi o favorito dos utentes. Francelina, de 67 anos, foi uma delas e ressalta a importância deste tipo de iniciativas "para toda a gente, em especial para as pessoas idosas".
A matosinhense, que costuma fazer frequentemente rastreios deste tipo, conta ainda que "já é o segundo ano que visita" o tenda da semana da saúde e "vai continuar".
"Nem toda a gente vai todos os dias ao médico ou todas as semanas. Acho que é uma boa iniciativa", comenta.
Na área da saúde mental, os visitantes são convidados a identificar como verdadeiras ou falsas algumas afimações relativas ao bem estar emocional e ainda a responder a um questionário. Muitas das pessoas que aderem à ação são "idosos à procura de companhia", conta a voluntária Luísa.
A estudante considera ainda que existem "muitas ideias erradas sobre o tratamento e aconselhamento de saúde mental". A ideia é contrária à de Marta Silva, de 19 anos, que diz serem "cada vez mais as pessoas estão a ter mais cuidado com a sua saúde mental, especialmente os homens".
As crianças também não são esquecidas, estando para elas disponíveis atividades de sensibilização para de questões ligadas à saúde. A responsável Maria Júlia explica que, "no caso das crianças mais pequeninas, tentamos interagir com elas de outra forma mais didática e mais simples, brincado com alguns brinquedos. Com as crianças entre os 10 e os 15 anos tentamos fazer perguntas mais específicas na área da saúde".
"Algumas crianças até dão respostas totalmente corretas que eu sinceramente algumas delas nem saberia responder", brinca.
Com um arranque tímido devido ao mau tempo, a XVII edição da "Semana da saúde" termina esta quarta feira.