24 jul, 2024 - 01:49
A diretora da Obra Católica Portuguesa de Migrações, Eugénia Quaresma, diz estar na expetativa após as mudanças na liderança da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA).
Pedro Portugal Gaspar passa a ser o novo presidente da AIMA, segundo anunciou o Governo. O até agora diretor-geral do Consumidor e ex-diretor da ASAE vai ocupar o lugar deixado vago por Luís Goes Pinheiro, que transita da direção da AIMA para a Estrutura de Missão para a Recuperação de Processos Pendentes dos imigrantes.
Em declarações à Renascença, Eugénia Quaresma adianta ter já trabalhado de perto com Luís Goes Pinheiro e afirma esperar que o responsável tenha todos os meios ao seu dispor para cumprir o objetivo.
“Estou expectante. Eu não sei fazer previsões, vamos ver. [Luís Goes Pinheiro] foi alguém com quem me encontrei no âmbito do nosso trabalho e que tinha esta preocupação de informatizar os processos e de os agilizar. Parece-me que essa parte é capaz de ganhar velocidade. Esperamos que ele tenha os recursos humanos e também os meios técnicos. Depois, existe todo o resto que tem a ver com o acolhimento e com a integração”, afirma à Renascença.
Numa audição parlamentar no final de junho, Luís Goes Pinheiro afirmou que existem atualmente 410 mil processos pendentes de imigrantes em Portugal e prometeu acabar com as pendências no prazo de um ano.
Para a diretora da Obra Católica Portuguesa de Migrações há ainda “muitos problemas por resolver”, no acolhimento de imigrantes.
“Há situações de pessoas que ficam na rua e que precisam de uma resposta urgente. Há ainda outras questões ligadas aos consulados, aos vistos, e ao modo como o processo se realiza desde o país de origem. O combate às empresas e todo o negócio de lucro com a demora na emissão dos documentos é outra vertente que precisa de ser enfrentada”, refere.