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Educação

​“Ilusório” e “milagre”. Sindicatos não acreditam no fim da falta de professores

25 jul, 2024 - 13:25 • Cristina Nascimento

Ministério da Educação recebe esta quinta-feira os sindicatos do setor. Fenprof entende que a solução passa por recuperar os mais de 14 mil professores que, que nos últimos anos, deixaram a docência.

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A FNE e a Fenprof não acreditam que o plano do Governo para mitigar a falta de professores nas escolas no próximo ano letivo vá resultar.

Os sindicatos do setor estão a ser recebidos esta quinta-feira no Ministério da Educação para discutir o plano “+Aulas +Sucesso” que passa por, no imediato, recorrer a professores aposentados e em fim de carreira.

"Será ilusório imaginar que todas estas medidas irão resolver a falta de professores neste ou no próximo ano letivo. O número de professores que se aposentam anualmente e o número dos que se formam anualmente não dá resposta às nossas necessidades", alertou Pedro Barreiros, secretário-geral da FNE, à saída da reunião.

Já Mário Nogueira, da Fenprof, igualmente no final do encontro, considera que “pensar que aquilo que está aqui vai reduzir em 90% o número de alunos que não têm os professores todos é acreditar no milagre, porque isso não vai acontecer”.

Nogueira entende que o segredo passa por recuperar os mais de 14 mil professores que, nos últimos anos, deixaram a docência.

“O segredo para o imediato são os mais de 14 mil professores, segundo o Ministério que abandonaram” a docência. O dirigente sindical entende que, enquanto os professores forem colocados “a 400 quilómetros de casa” e tiverem “que pagar para trabalhar” não voltarão à docência.

Assim, Mário Nogueira defende que o Ministério devia estar já a pensar noutras matérias, por exemplo, “discutir os apoios para a deslocação, os apoios para a habitação”.

Os sindicatos da educação voltam a ser chamados no início da próxima semana.

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