Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Bloqueio de jato privado: seis ativistas do Climáximo condenados a pena suspensa

29 jul, 2024 - 15:33 • Fábio Monteiro

Ativistas foram condenados a uma pena suspensa de 15 meses de prisão, 135 dias de trabalho comunitário e ao pagamento de uma multa de 5.300,59€.

A+ / A-

Em dezembro de 2023, seis ativistas do grupo ambientalista Climáximo bloquearam um jato privado no Aeródromo de Cascais, para denunciar os “voos supérfluos e de luxo dos super-ricos, e o uso destas armas de destruição maciça, cujas emissões estão a matar pessoas por todo o mundo”.

Já esta segunda-feira, em tribunal, os ativistas foram condenados a uma pena suspensa de 15 meses de prisão, 135 dias de trabalho comunitário e ao pagamento de uma multa de 5.300,59€.

“Hoje, apesar da admissão em tribunal da gravidade da crise climática e do impacto de protestos disruptivos, as pessoas que tomaram ação para parar a destruição foram condenadas, enquanto os verdadeiros culpados permanecem impunes,” afirma Inês Teles, uma das condenadas, em comunicado.

A ativista acrescenta que “para os governos, tribunais e super-ricos, não importa o número de mortos e refugiados causados pela manutenção da “normalidade”—recusam-se a abdicar dos seus luxos e lucros milionários e escolhem reprimir quem resiste contra a destruição”.

Na semana passada, apoiantes do Climáximo estiveram a apoiar as ações em aeroportos do levantamento internacional pelo fim dos combustíveis fósseis até 2030, assim com a luta em França contra a privatização e roubo da água pelas grandes indústrias.

Em comunicado, os ativistas garantem que a sentença não as intimida nem irá travar a luta: “As empresas e os governos declararam guerra contra a Humanidade, ao provocarem e continuarem a alimentar a crise climática. Sabemos que vão esforçar-se, mas não conseguirão esmagar a luta pela vida. As pessoas por todo o lado vão continuar a erguer-se para parar a destruição.”

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+