01 ago, 2024 - 18:21 • Lusa
O ministro da Defesa, Nuno Melo, defendeu esta quinta-feira o retorno para o país das ações de prevenção de incêndios pelas Forças Armadas, destacando os drones fabricados pela Marinha, também como oportunidade de negócio para a indústria de defesa.
"Hoje o dia é dedicado à Marinha. Nós estamos a falar de drones, que são, em muitos casos, desenvolvidos e construídos na Marinha. E que são também, depois, grandes oportunidades de negócio, através de uma indústria na área da defesa, que nós queremos desenvolver", disse Nuno Melo.
O ministro da Defesa falava aos jornalistas durante uma visita ao dispositivo das Forças Armadas no âmbito da vigilância, deteção e apoio ao combate de incêndios rurais na zona da Arrábida, no concelho de Setúbal, enaltecendo as ações de prevenção de incêndios pelos três ramos das Forças Armadas.
O ministro da Defesa destacou hoje o papel das For(...)
"Esse esforço na investigação, na conceção, na utilização, é desenvolvido no próprio ramo. E isso é notável", acrescentou Nuno Melo, assegurando que esta área da prevenção de incêndios também acaba por beneficiar do reforço do investimento nas Forças Armadas, que promete continuar com o objetivo de se atingir os 2% do PIB em 2029.
Depois das visitas realizadas nos últimos dias aos meios do Exército na região da Marinha Grande e da Força Aérea no aeródromo da Lousã, Nuno Melo inteirou-se hoje das capacidades militares da Marinha na vigilância, deteção e apoio ao combate de incêndios rurais, no âmbito do Plano de apoio ao Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR), Plano de apoio à Diretiva Integrada de Vigilância e Deteção de Incêndios Rurais (DIVDIR) e pelos Protocolos com o Instituto para a Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) e com autarquias locais.
Acompanhado pela ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, pelo chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, general José Nunes da Fonseca, e pelo chefe do Estado-Maior da Armada, almirante Henrique Gouveia e Melo, que acompanharam uma ação de patrulhamento dos militares da Marinha, o ministro da Defesa disse que houve "muitos anos de desinvestimento nas Forças Armadas", de que é preciso recuperar.
Monitorização detalhada dos incêndios florestais é(...)
"Como prioridade estabelecemos as pessoas, os homens e mulheres das Forças Armadas, como aqueles que primeiro deveriam ver essa ação da tutela", disse Nuno Melo, lembrando que o atual governo se deparou, com um conjunto de problemas no setor, que tinham a ver com a dignidade da condição militar, com salários e com a pressão do mercado sobre militares altamente especializados, dando como exemplo os militares envolvidos na construção e operação de drones.
A ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, lembrou que o seu ministério tem cerca de 2.000 pessoas do ICNF envolvidas na prevenção de incêndios e que, além disso, contribui com 4 milhões de euros para a prevenção de incêndios da GNR, e de 1,2 milhões de euros para as operações das Forças Armadas.