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BES. Há dez anos "angustiados", lesados pedem que os "governantes resolvam isto de uma vez por todas"

02 ago, 2024 - 13:54 • Jaime Dantas

A concentração reúne menos de uma dezena de pessoas e tem como objetivo que todos os lesados vejam devolvido 75% do valor que perderam quando o banco entrou em falência.

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Três lesados do Banco Espírito Santo (BES) estão esta sexta-feira em protesto na Avenida dos Aliados, no Porto, contra aquilo que consideram ser a desigualdade entre os antigos clientes da instituição bancária. Em causa está a solução encontrada para a devolução do dinheiro perdido em 2014, que o representante dos lesados do papel comercial considera ser "injusta" porque "os lesados não foram consultados".

Recorde-se que o acordo contempla a devolução de 75% do valor para aqueles que tivessem aplicações bancárias até aos 500 mil euros e a 50% para todos os valores acima.

À Renascença, Jorge Novo, representante dos lesados, defende que, "se existe uma igualdade para todos é 75% [ a percentagem devolvida]". "E para todos aqueles que não assinaram [o acordo], que é o meu caso, eu tenho os meus direitos todos na íntegra, portanto, reclamo 100% da minha quantia", diz.

O representante pede, por isso, que os "governantes resolvam isto de uma vez por todas".


O mesmo defende o vice-presidente da Nova Associação - que resultou da junção de todos os lesados - Rui Alves, que conta que "o assunto está a ser tratado na Assembleia da República". "Estamos convictos que ela vai ter o resultado final para aquilo que a gente pretende, ou seja, que toda a gente seja ressarcida por 75%", defende.

No dia anterior a assinalarem-se os dez anos da falência do BES, o protestante fala ainda da "angústia" vivida nesta década. "Tenho 70 anos. Isto são poupanças de uma vida. Confiamos num banco e este banco tinha alguém que o regulava, que era o Banco de Portugal, e o Banco de Portugal sabia de tudo", reclama.

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