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Greve dos enfermeiros. Centros de Saúde de Lisboa e Porto não sentem grandes impactos

02 ago, 2024 - 09:58 • Cristina Nascimento , Jaime Dantas

Só um dos três centros de saúde visitados pela Renascença sentiram os impactos, mas sem grandes constrangimentos porque os utentes também escasseiam.

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A greve dos enfermeiros, que está convocada para sexta-feira, não está a ter um impacto transversal a todas a unidades de saúde.

Dos três centros de saúde visitados pela Renascença durante a manhã, no Porto, apenas na Unidade de Saúde Familiar (USF) Santos Pousada, no centro da cidade, é que estão a ser sentidas perturbações ao normal funcionamento do serviço de enfermagem.

Nesta USF, compareceu ao trabalho um dos oitos efermeiros incritos na escala, mas a situação é semelhante do lado dos utentes: também são poucos.

Ainda assim, Delmar Gonçalves, que completa esta sexta-feira 72 anos, diz que "apesar de estar marcada a consulta de enfermagem, tenho a dúvida se serei atendido ou não" mas diz ter "esperança que tenha a consulta". Uma questão que "não tem impacto" na vida de Delmar, já que é reformado.

O cenário deve continuar durante a tarde, já que a paralisação está marcada também para o turno da tarde.

“Há greve? Não sabia”

Em Sete Rios, Lisboa, passava um pouco das 6h00 quando Maria chegou ao centro de saúde, um dos maiores da cidade. Conseguiu o primeiro lugar da fila para garantir que seria a primeira a ser atendida.

Minutos antes da hora de abertura, foi pela Renascença que soube da greve dos enfermeiros.

“Não sabia”, admite, receando que a paralisação lhe cause transtorno.

Um receio que não terá sido confirmado. Ao que a Renascença testemunhou, o centro de saúde abriu e as pessoas começaram a ser atendidas com normalidade. Fonte ligada ao Centro de Saúde de Sete Rios assegura que a greve não estaria a ter impacto.

Cenário semelhante encontramos fora de Lisboa, no Centro de Saúde de Odivelas. Por volta das 9h00, a sala de espera estava cheia e o atendimento parecia estar a ser feito. Questionadas pela Renascença, as funcionárias administrativas não prestam informação sobre se há enfermeiros em greve naquela unidade, mas lembram que “a greve é em todo o lado”.

Cá fora, encontramos Sócrates Sardinha. Também foi pela Renascença que ficou a saber do protesto dos enfermeiros.

“Não sabia”, diz este utente, acrescentando que também não sabe se o que vai fazer no centro de saúde pode ser impactado pela paralisação dos enfermeiros..

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