07 ago, 2024 - 19:10 • Lara Castro
“Já se vê luz ao fundo do túnel”, ouviu-se logo após cair o primeiro troço do túnel de ligação entre a estação de Santo António Carregal e a Galiza.
Foi a 26 metros de profundidade, debaixo do jardim do Carregal, no estaleiro das obras da Metro do Porto, junto ao hospital de Santo António, que se assistiu ao varamento do túnel de 740 metros que começou a ser construído em outubro de 2022.
“Neste momento, nós temos um todo contínuo em túnel que vai desde a Praça da Liberdade, até ao PEV3 que fica sensivelmente a meio, entre a estação da Galiza e a estação da Casa da Música”, disse aos jornalistas o presidente da Metro do Porto, Tiago Braga.
A Linha Rosa ligará São Bento à Casa da Música, com ligação às atuais estações de metro, e terá estações intermédias no Hospital de Santo António e Praça da Galiza.
“Nós temos um objetivo de colocar esta linha em operação no final de julho do próximo ano. Portanto, para nós esta etapa era absolutamente crítica, conseguimos alcançá-la nesta altura”, afirmou o responsável que estava acompanhado pela secretária de Estado da Mobilidade, Cristina Pinto Dias.
Em maio, deste ano já tinha sido concluída a escavação do primeiro túnel entre a estação Hospital Santo António e São Bento.
A Metro do Porto concluiu hoje, debaixo da Rua dos(...)
“Falta um túnel”, confirmou. Por fazer ficam cerca de 200 metros de um túnel que vai ligar a estação da Galiza e da Casa da Música, que se prevê que seja escavado no final deste ano ou em janeiro.
Questionado pelos jornalistas sobre se há tempo para cumprir o prazo até julho, Tiago Braga garantiu que sim, uma vez que “vai haver uma simultaneidade de trabalhos, o que, por exemplo, não aconteceu na linha amarela”.
Ou seja, a metro do Porto, não vai “ficar à espera que toda a estrutura da linha esteja concluída” para entrar na “fase dos equipamentos eletromecânicos - naquilo que é a fase mais ferroviária”, explicou.
A secretária de Estado da Mobilidade, presente no local, salientou o “momento histórico” e felicitou os trabalhadores da obra. Sobre a linha Rosa, Cristina Pinto Dias assegurou que “vai melhorar a mobilidade de todos os portuenses, de todos os cidadãos” e espera “que traga mais pessoas para o transporte público.”
Os custos totais da Linha Rosa ascendem aos 304,7 milhões de euros. Atualmente, a Metro do Porto tem em operação a conclusão das obras da Linha Rosa (G), e a linha de "metrobus" entre Casa da Música e Praça do Império.