Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Proprietários concordam com novas regras no alojamento local

16 ago, 2024 - 10:55 • João Cunha

Passa a ser mais difícil a tarefa dos condóminos que pretendam acabar ou evitar com que haja este tipo de negócios nos prédios onde moram.

A+ / A-

Os proprietários consideram que faz todo o sentido que o Governo queira retirar poderes aos condóminos que pretendam encerrar um alojamento local no prédio onde vivem.

Em causa o projeto-lei que os obriga a fazer prova de que um alojamento local provoca incómodo aos moradores.

De acordo com a imprensa desta sexta-feira, a intenção do Governo é atribuir aos municípios a decisão final sobre o encerramento.

Para a Associação Lisbonense de Proprietários, “não fazia sentido nenhum deixar uma decisão sobre alojamento local nas mãos do condomínio. O destino das frações autónomas é decisão do seu proprietário, desde que não altere o fim previsto no título constitutivo”.

E, portanto, sublinha Menezes Leitão, “se o proprietário tem uma fração para habitação e decide arrendá-la ou dedicá-la ao alojamento local, não me parece que seja o condomínio que tenha que tomar uma decisão, mas sim o proprietário”.

Para o presidente da Associação Lisbonense de Proprietários, “isso era uma tentativa do governo anterior de usar os condomínios para acabar com o alojamento local, pretendendo que fossem os condomínios a fazer esse trabalho. Sempre criticámos essa solução e achamos positivo que a medida tenha sido revertida”.

Contudo, considera que “todo o Mais Habitação devia ter sido revogado, porque é um diploma gravemente atentatório do direito de propriedade. O PSD e o CDS abstiveram-se no Parlamento quando houve essa proposta, e agora, que são governo, estão a estabelecer revogações “aos bocadinhos”, o que nos parece claramente insuficiente".

Também Eduardo Miranda, presidente da Associação do Alojamento Local em Portugal, considera positivos possíveis retrocessos na lei. Mas diz que é necessário “ver os contornos gerais, e para isso é preciso ter o texto final do diploma”.

Ainda assim, vê com bons olhos a criação de uma figura como a de um provedor.

“A figura do provedor, onde as Câmaras podem apresentar algum acordo, antes de tomar uma decisão, também nos parece de bom senso. Ajuda as partes a tentar resolver um conflito, propondo um acordo, e se o entendimento não for cumprido, fica mais fácil para a Câmara saber para que lado toma a decisão”.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Sara
    16 ago, 2024 Lisboa 10:46
    Faz todo o sentido continuar a dar que já têm muito, faz todo o sentido aplicar estas leis quando as pessoas que moram em prédios, se moram é por que necessitam de morar num prédio, por que senão iam viver para uma moradia, viver num prédio onde não há quaisquer proteção por parte das leis do barulho, manutenção, vão lá por mais uma lei que vai ainda degradar mais a vida das pessoas, pessoas que pagam bem caro para sobreviver, as pessoas que podem pagar um apartamento, não tem casas gratuitas, tem que trabalhar para ter condições mínimas, sabem o que é viver num prédio com alojamento local ou com quartos alugados, nao não sabem , barulho até às tantas de madrugada, sujidades, falta de segurança e respeito pelos moradores, concerteza que o sr Montenegro não tem que se preocupar com isso, visto tem 50 casas, a vergonha de Portugal, sempre a castigar os pagam tudo e apenas sobreviver
  • Maria
    16 ago, 2024 Palmela 10:27
    E da frente pra traz!

Destaques V+