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Como se transmite a Febre Hemorrágica da Crimeia-Congo? Sintomas e cuidados a ter?

23 ago, 2024 - 14:44 • Fábio Monteiro

Entre pessoas internadas, a Febre Hemorrágica da Crimeia-Congo tem uma taxa de letalidade de 30%. É transmitida através da picada de carraças. Pessoas com contacto regular com animais devem ter especial cuidado.

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A Direção-Geral da Saúde (DGS) anunciou, esta sexta-feira, o primeiro caso e vítima mortal, em Portugal, devido à Febre Hemorrágica da Crimeia-Congo (FHCC). A doença, que tem uma taxa de mortalidade de 30% em doentes hospitalizados, foi diagnosticada pela primeira vez em 1940, na Crimeia, Ucrânia.

Nos últimos anos, já foram detetados casos em Itália e Espanha. Em Portugal, contudo, a FHCC é ainda uma novidade.

Como se transmite?

A FHCC é transmitida por via da picada de carraças. As duas principais espécies de artrópodes que podem transmitir a doença estão espalhadas um pouco por todo o país.

Que sintomas a estar atento?

Para a maior parte das pessoas, a doença apresenta sintomas comuns, difíceis de distinguir. É o caso da febre, dores musculares, dores de cabeça.

Em alguns casos mais graves, a doença dá origem a hemorragias.

Quão perigosa é?

Como a maior parte das doenças, a FHCC é particularmente perigosa para idosos, doentes crónicos ou pessoas com alterações no sistema imunitário.

Segundo o médico Gustavo Tato Borges, presidente da Associação de Médicos de Saúde Pública, as pessoas mais vulneráveis podem apresentar sintomas mais graves: “falência de órgãos, alterações no sistema fisiológico”.

A doença tem “uma taxa de letalidade entre as pessoas internadas de cerca de 30%, o que é um valor bastante elevado”, sublinha.

Há risco de surto?

No entender da Direção-Geral de Saúde, não.

Não há risco de surto nem de transmissão de pessoa para pessoa.

“O vírus que causa a Febre Hemorrágica da Crimeia-Congo (FHCC) não foi detetado, até agora, em carraças na rede de vigilância entomológica REVIVE, o que indica que o risco para a população é reduzido”, fez saber a DGS esta sexta-feira, em comunicado.

Quem está mais exposto?

Pessoas com contacto regular com animais. Ou seja, veterinários, criadores, pessoas que trabalham no campo, mas também quem passeia e gosta de fazer caminhadas no meio da natureza.

E cuidados a ter?

Quem andar no campo a caminhar ou trabalhar deve utilizar sempre roupa larga, clara, e evitar estar no meio de vegetação.

No final do passeio e jornada, deve verificar a roupa e corpo para a presença de carraças ou picadas.

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