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Educação

200 mil alunos sem, pelo menos, um professor

05 set, 2024 - 19:23 • Fátima Casanova

Nas escolas públicas faltam mais de 1.700 professores, a maior parte deles para assegurar um horário completo e anual. É o que revela o movimento “Missão Escola Pública”, que aponta Português, Matemática e Informática, como as disciplinas com maior carência de professores.

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A uma semana do arranque do ano letivo, o movimento “Missão Escola Pública” diz que faltam mais de 1.700 professores nas escolas públicas. As contas são feitas tendo por base os horários que estão a integrar o concurso de contratação de escola, após não terem sido atribuídos na primeira Reserva de Recrutamento.

Segundo disse à Renascença, a porta-voz do movimento, Cristina Mota, dos mais de 1.700 horários, “1.128 correspondem a horários completos e anuais”, quer dizer que “estes horários não tiveram candidatos, um professor profissionalizado em ensino, nas listas de recrutamento para o horário ser atribuído”.

São estes horários que “estão a integrar as ofertas de escola, a que os candidatos podem concorrer com habilitação própria”, acrescenta Cristina Mota.

A “Missão Escola Pública” antecipa que este ano letivo vai arrancar com cerca de 200 mil alunos a quem vai faltar, pelo menos, um docente. Cristina Mota diz que “com os horários em oferta de escola, apontamos para esse valor, quando no ano passado foram 120 mil os valores indicados”.

No distrito de Lisboa faltam quase 700 professores

Segundo a análise feita pela “Missão Escola Pública”, há quatro distritos onde a falta de professores, “é muito grave”. São eles Lisboa, Setúbal, Faro e Beja, onde assegura Cristina Mota, “não existem professores disponíveis no concurso nacional na grande maioria das disciplinas”.

O distrito de Lisboa é onde a situação é mais complicada: faltam 697 professores, seguem-se Setúbal, Faro e Beja. Em falta estão especialmente professores de Informática, Português e Matemática.



Face ao cenário, Cristina Mota avisa que “a esmagadora maioria destes horários, serão entregues a recursos humanos não profissionalizados em ensino, e que nem têm experiência”.

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