13 set, 2024 - 18:27 • Ricardo Vieira, com redação
Um incêndio de grandes dimensões, com uma frente com 2,5 quilómetros, está a ameaçar casas na freguesia de Silvares, no concelho do Fundão.
Os meios vão ser reforçados até aos 600 operacionais, disse esta sexta-feira à noite o vice-presidente da Câmara do Fundão, Miguel Gavinhos.
O autarca referiu, num balanço pelas 21h30, que ao final da tarde, quando os meios aéreos estavam a terminar o combate, ocorreu uma projeção que criou uma frente de fogo que tem 2,5 quilómetros e que saiu da freguesia de Silvares, em direção à freguesia de Barroca.
“O incêndio não viu reduzido o principal adversário que é o vento. Espera-se um trabalho toda a noite, pois devido à fraca humidade e materiais combustíveis muito secos vai continuar a adversidade”, apontou o vice-presidente da Câmara do Fundão, distrito de Castelo Branco.
A outra frente do incêndio está perto de Silvares, “relativamente próxima das habitações”, mas não há casas ameaçadas e está criada uma linha de proteção pelas autoridades.
“No entanto, a apreensão da população em Silvares é enorme”, acrescentou.
A Estrada Nacional 238 (EN 238) foi cortada entre Lavacolhos e Barrocas, frisou ainda.
Durante a tarde um bombeiro da corporação do Fundão sofreu ferimentos ligeiros durante os trabalhos, indica fonte do comando nacional da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
O incêndio deflagrou às 12h35, em zona de mato, em Silvares, e, pelas 22h25, estavam no local 581 operacionais, apoiados por 185 viaturas, de acordo com o site da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
Ao final da tarde, a Cláudia Pereira, a presidente da junta de Silvares, disse à Renascença que “a situação está grave, o fogo está a avançar a uma intensidade enorme. Os bombeiros estão a fazer uma linha de proteção a um conjunto de casas, porque o fogo está a passar perto das habitações”.
Em declarações à RTP3, o presidente da Câmara do Fundão, Paulo Fernandes, confirmou que as chamas estiveram a poucas dezenas de metros da primeira fila de habitações da vila de Silvares.
"O risco ainda não está totalmente debelado. Na zona do perímetro de Silvares houve uma aproximação a cerca de 60 a 70 metros da frente de fogo das primeiras casas no lugar onde se criou um perímetro de segurança. Esse perímetro de segurança e a alteração do vento, para já, essa vertente está protegida. Devido às condições do vento, estamos muito longe de poder referir que a vila de Silvares está segura", declarou o autarca.
[notícia atualizada às 20h25]