18 set, 2024 - 08:49 • Redação
A presidente da Câmara de Arouca, Margarida Belém, diz à Renascença que a situação no concelho está "complicada" e queixa-se de falta de meios para o combate.
"Continuamos numa situação complicada", avança a autarca, destacando que há aldeias inteiras "a ser ameaçadas" e altamente "confinadas" pelas chamas.
As chamas de Castro Daire, onde o fogo de "largas proporções" continua ativo, migraram para o concelho de Arouca e o total de área ardida já ultrapassa os sete mil hectares.
Margarida Belém denuncia a falta de meios de combate ao fogo, mesmo depois de terem sido solicitados durante a madrugada. "Acho que se fez muito com pouco", diz.
Cerca de 80 operacionais estiveram a combater o fogo durante a noite, um número que a presidente da câmara de Arouca considera "insuficiente".
"Precisamos de meios. É impossível meia dúzia de bombeiros operar aquilo que é necessário", atira.
O alerta para o incêndio foi dado pelas 23h00s e seguiu "em direção a duas freguesias" e com três frentes ativas: Alvarenga, Covelo do Paivó e Canelas/Espiunca. Com o avançar da noite, o pânico da população ia crescendo e o fogo continuava "com progressão a alta velocidade".
Vila Cova, Serabigões e Telhe são exemplos de zonas ameaçadas, onde a população teve de abandonar as suas casas. "Algumas pessoas foram retiradas, mas encontram-se bem", partilha.
A autarquia tomou a decisão de ativar o "plano de emergência" e, dessa forma, encerrou quase todas as escolas da região. Algumas delas foram "acionadas para apoio tanto aos operacionais que estão em combate como também para acolhimento à população".
A segurança da população está "salvaguardada", mesmo com o número reduzido de meios no terreno.