23 set, 2024 - 15:58 • Carla Fino
Cerca de três dezenas de veículos da plataforma TVDE rumaram esta segunda-feira à Assembleia da República, uma manifestação que juntou cerca de uma centena de motoristas que pedem a revisão da lei que regula o setor. Entre as reivindicações está a criação de um valor por quilómetro e tempo de viagem, bem como o selo holográfico e a regulação dos exames para novos e atuais motoristas.
No final do protesto, a Associação Movimento Nacional TVDE recebeu a garantia do PSD de que até novembro haverá mexidas na lei do setor.
Segundo os manifestantes, para conseguir garantir um salário mínimo têm de trabalhar cerca de 50 horas por semana. E, para chamar a atenção para os problemas do setor, foi organizada também uma greve de fome de alguns profissionais que vão manter-se à porta do Parlamento.
É o caso de Ricardo Luengo. Motorista há um ano e meio, diz que está cada vez mais difícil manter a empresa: “Eu fico em greve de fome até o Governo nos dizer para quando a alteração da lei (Lei 45/2018,) e a sua publicação em Diário da República, de forma a podermos negociar as medidas mais imediatas e assim salvar as micro, pequenas e médias empresas”.
A associação foi entretanto recebida pelo grupo parlamentar do PSD. Uma reunião positiva onde mostraram sensibilidade aos problemas que enfrenta o setor, disse Vítor Soares, presidente da associação, que, à saída, explicou que os deputados vão apresentar no Parlamento uma proposta de alteração da lei até novembro.
Também ficou garantida uma resposta, para o próprio dia, sobre duas questões que foram discutidas com os social-democratas: "Avançar um despacho em portaria relativo ao selo holográfico e também a regulação dos exames para os motoristas, novos e os atuais", revela o dirigente, adiantando que "enquanto não houver essa decisão sobre este despacho, não vamos sair daqui em solidariedade para com os colegas em greve de fome".