23 set, 2024 - 06:30 • Alexandre Abrantes Neves
Os serviços TVDE podem enfrentar atrasos e cancelamentos durante esta segunda-feira, devido à manifestação de motoristas que vai começar no Campo Grand em Lisboa e segue até às escadarias da Assembleia da República.
Em declarações à Renascença, Vítor Soares, da Associação Nacional Movimento TVDE, refere que há “profissionais a virem do Porto e do Algarve” e que, por isso, a forte mobilização deve levar a que os constrangimentos se sintam a nível nacional e durante todo o dia.
Os motoristas queixam-se de ser cada vez mais difícil cobrir os custos da atividade e, por isso, insistem na proposta de criar um valor mínimo por quilómetro e tempo.
Vítor Soares reforça, contudo, que a principal reivindicação se prende com os condutores que tiram a carta de condução fora de Portugal e a necessidade de crias regras mais rígidas.
"Há facilitismo em trocar as cartas de condução [estrangeiras] para portuguesas. Os exames finais para os motoristas terão de ser feitos no IMT [Instituto da Mobilidade e dos Transportes]. Achamos que neste momento está em causa também a segurança do passageiro ao andar no TVDE”, defende.
Presidente da ANM-TVDE queixou-se da existência de(...)
Do caderno de encargos, fazem também parte a revisão da lei 45/2018 que regula a atividade, a definição de uma tutela para regular o setor e a proibição de deixar entrar táxis em aplicações de TVDE. Os motoristas pedem ainda um selo horográfico que contenha a matrícula e o operador e também um novo tipo de licenças, onde se especifique o número de veículos de cada operador.
Além da manifestação marcada para as 9 da manhã, há mais protestos no horizonte – desde já, greves de fome também nas imediações da Assembleia da República por parte de alguns motoristas, enquanto não há respostas do governo.
“Alguns colegas vão iniciar uma greve de fome em conjunto à frente da Assembleia da República. Manifestam-se contra a opção do Governo de ainda não ter agido em conformidade na preservação das pequenas e micro médias empresas. Todos estamos numa dificuldade de rentabilidade e de sustentabilidade”, remata Vítor Gonçalves.