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Navio português dobrou pela primeira vez Cabo da Boa Esperança a caminho de Maputo

28 set, 2024 - 10:56 • Lusa

A Missão Mar Aberto é uma resposta do Estado português à insegurança marítima que se verifica no Golfo da Guiné e ao mesmo tempo visa promover a cooperação marítima entre Portugal e a Comunidade dos Países Língua Portuguesa (CPLP).

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O navio de patrulha oceânico NRP Viana do Castelo dobrou pela primeira vez no Cabo da Boa Esperança e é esperado na segunda-feira no porto de Maputo, indicou este sábado fonte da Marinha portuguesa.

O navio português, de 83,1 metros, construído em 2010 nos Estaleiros Navais de Viana do Castelo, passou a ponta sul de África, que marca o encontro dos oceanos Atlântico e Índico, na sexta-feira, tendo chegada a Moçambique, ao abrigo da participação na missão Mar Aberto, prevista para 30 de setembro.

Ao longo desta missão, o navio, que conta com uma guarnição de 58 elementos, já escalou portos em Cabo Verde, Senegal, Guiné-Bissau e Namíbia.

Inicialmente conhecido por Cabo das Tormentas, na atual África do Sul, foi assim denominado pelo navegador português Bartolomeu Dias, o primeiro a dobrá-lo, em 1488.

A Missão Mar Aberto é uma resposta do Estado português à insegurança marítima que se verifica no Golfo da Guiné e ao mesmo tempo visa promover a cooperação marítima entre Portugal e a Comunidade dos Países Língua Portuguesa (CPLP) e no âmbito das Presenças Marítimas Coordenadas da União Europeia (PMC-UE).

Para esta missão, o NRP Viana do Castelo prevê visitar 10 países, entre os quais os seis africanos de língua portuguesa (Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné equatorial, Moçambique e São Tomé e Príncipe), viajando cerca de 19 mil milhas náuticas durante quatro meses.

O navio largou da base naval de Lisboa no dia 21 de agosto.

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