30 set, 2024 - 06:30 • Isabel Pacheco
Laura Simões não foi apanhada de surpresa com a redução do IRS no vencimento relativo ao mês de setembro. A professora de Braga confessa que não fez as contas ao certo de quanto vai poupar com a nova tabela de retenção na fonte do imposto, mas garante que não será significativo.
“Já estava prevenida, já sabia”, atira a funcionária pública que admite que “não há grande diferença”. “Sei que recebi os retroativos de janeiro, mas, ainda, não fiz bem as contas”, admite.
Joaquim Peixoto, técnico de serralharia, não esconde a desconfiança perante o impacto que o corte no IRS poderá trazer mais tarde.
“Vou ver como é que isso vai ser, mas só para o ano”, diz Joaquim admitindo que está “com o pé bem atrás” em relação à medida, porque “ninguém dá nada a ninguém”, justifica.
A mesma resistência revela José Monteiro.
“Estamos a falar sempre de dinheiro que vem, mas chega ao fim ao cabo, depois é que vamos ver no encontro de contas final” explica técnico de secretaria.
“É dinheiro que entra, se vai sair depois, vamos ver quando fizermos a declaração de 2024. Aí é que o efeito vai ficar completo”, atira.
Susana Pereira recebe o salário mínimo nacional e, por isso, conta-nos que já não desconta IRS. Ainda assim, o alívio fiscal trouxe mais rendimento à família através do ordenado do marido.
“Ganhou quase 200 e poucos euros a mais este mês”, conta a auxiliar de ação direta que garante que faz “muita diferença”. “Sei que vamos sentir no IRS anual que vai ser menos”, reconhece a bracarense que assegura que, mesmo assim, “mais vale ir antes, que a gente gasta”. “E então, agora no mês de setembro, é fantástico para quem tem filhos a estudar, já dá para tudo”, remata.