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OE2025. Confederação Empresarial de Portugal: "O país não tem espaço para uma crise política"

05 out, 2024 - 10:32 • Redação

Para o presidente da CIP, seria "caricato" abrir uma crise política por causa de um ponto percentual. CCP diz que negociações trouxeram "melhores condições" para aprovar o Orçamento.

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O presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), Armindo Monteiro, considera que seria "caricato" abrir uma crise política por causa de um ponto percentual.

"Seria caricato que uma redução de 1% na taxa exagerada de tributação sobre as empresas desse lugar a uma crise política", diz o dirigente da CIP à Renascença, acrescentando que, nessas circunstâncias, "Portugal seria alvo de chacota"

Um ponto percentual é o que, neste momento, divide Portugal entre a viabilização do Orçamento do Estado ou uma crise política. A discussão sobre a descida do Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Coletivas (IRC) tem colocado PS e PSD em campos opostos, nos últimos dias.

Para Armindo Monteiro, "tem havido um exagero nesta coreografia político-partidária" e "o país não tem espaço para uma crise política", porque isso abriria espaço para um bloqueio económico e impediria avanços no assunto que as pessoas querem ver, de facto, discutido e resolvido: o aumento dos salários.

Armindo Monteiro defende que, no plano económico,Portugal se encontra numa "corda bamba" porque a própria economia mundial se encontra numa "situação excecional" e com evolução marcada por "sinais preocupantes".

"Países que nos habituámos a ver como grandes potencias económicas, como é o caso da Alemanha, estão neste momento a dar sinais de fragilidade", exemplifica.

O presidente da CIP deteta, em Portugal, uma "asfixia fiscal".

"A redução de impostos sobre as empresas é absolutamente fundamental porque a carga fiscal sobre as empresas é claramente um bloqueio à economia", defende.

"A redução dos impostos sobre as empresas não é uma redução dos impostos sobre os dividendos entregues aos acionistas", esclarece o presidente da CIP, dizendo também que se está "a tributar dinheiro que é rendimento obtido dentro da própria empresa".

"Aquilo que neste momento os empresários mais apelam é que todos façam o esforço de convergência para salvar o país de uma crise política", remata.

CCP: "Importante modelar uma descida da taxa do IRC

O presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), João Vieira Lope, acredita que, face ao que se passava há alguns dias, há, neste momento, "melhores condições" para a aprovação do OE.Tanto na "capitalização" como nas "tributações autónomas" propostas pelo PS, a CCP vê sinais positivos. Contudo, Vieira Lopes defende que "a baixa progressiva da taxa do IRC da proposta do Governo é importante para as empresas e importante para o investimento".

"É importante modelar uma descida da taxa do IRC, mesmo que, em vez de ser de 2% ao ano, seja menos", afirma .

João Vieira Lopes diz acreditar que as negociações dos últimos estão "a evoluir positivamente" e diz ter a esperança que se vai encontrar uma maneira que permita viabilizar o OE.

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